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Capital

Menina engole bateria e fica 31 horas internada para expelir objeto

Natalia Yahn | 05/02/2016 09:14
Lara expeliu a bateria onde no Hospital Regional. (Foto: Arquivo Pessoal)
Lara expeliu a bateria onde no Hospital Regional. (Foto: Arquivo Pessoal)

Uma criança de 5 anos ficou internada por aproximadamente 31 horas no HR (Hospital Regional), em Campo Grande, após engolir uma bateria de controle remoto. Lara Izabely Ribas expeliu naturalmente o objeto e ontem (4), E recebeu alta às 21 horas.

Ela engoliu a bateria na quarta-feira (3), e foi levada pela família para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, por volta das 14 horas. O pai da menina, Cleiton Lopes, 30 anos, afirma que um exame de raio-x confirmou que a bateria estava no aparelho digestivo da criança. Em seguida Lara foi encaminhada para o HR, onde ficou internada.

“Ela foi bem atendida, fizeram outro raio-x no hospital e nos foi informado que era necessário esperar, porque já estava no intestino e não tinha mais como tirar por endoscopia. Ontem (4) de manhã outra médica viu o exame e falou que estava no estômago ainda, mas aí já não dava para fazer a retirada porque a Lara comeu para poder expelir. O procedimento só pode ser feito em jejum. Foi um desencontro e tivemos falta de informação”, explica.

Lopes relata que a principal preocupação era em relação ao risco da bateria estourar no organismo da menina. “Ela foi encaminhada com urgência por conta do risco de estourar. É uma bomba relógio, ainda bem que não aconteceu nada pior”, afirmou.

Exame de raio-x confirmou que a menina tinha engolido o objeto. (Foto: Arquivo Pessoal)
Exame de raio-x confirmou que a menina tinha engolido o objeto. (Foto: Arquivo Pessoal)

A SES (Secretaria de Estado de Saúde), que administra o HR, informou que ontem (4) a bateria tinha migrado para o intestino e não havia risco de rompimento, por isso os médicos decidiram aguardar que fosse expelida naturalmente. A SES confirmou que a menina tinha sido alimentada e por isso a endoscopia para retirada da bateria não foi feita, já que o exame só pode ser realizado quando o paciente está em jejum.

O médico pediatra Walter Jeffery Neto, alerta para o risco de crianças engolirem qualquer tipo de objeto. “É necessário que os pais tenham cuidado. Se a bateria saiu sem estourar não dá problema algum. Mas poderia ser outro objeto ou produtos químicos, tóxicos e remédios. O risco é muito grande”.

Ele afirma que o cuidado deve ser constante especialmente com objetos pontiagudos e fogo. “Tudo que pode ficar ao alcance das crianças deve ser monitorado. Inclusive no caso de baterias se houver liberação de substâncias tóxicas as complicações pode ser sérias”, finalizou o médico.

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