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Capital

Ministério Público abre inquérito para investigar empresa de valores

Viviane Oliveira e Nadyenka Castro | 26/04/2013 13:21
Funcionários da empresa Cifra reclamam de atraso no pagamento e benefícios. (Foto: Marcos Ermínio)
Funcionários da empresa Cifra reclamam de atraso no pagamento e benefícios. (Foto: Marcos Ermínio)

O MPT (Ministério Público do Trabalho) investiga a empresa de segurança e transporte de valores Cifra pela falta de depósito do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e por pagamento de férias aos funcionários. De acordo com o órgão, em março deste ano teve uma audiência e a empresa pediu um prazo de 90 dias para regularizar a situação.

Reclamação - Funcionários da empresa de segurança e transporte de valores Cifra reclamam de atrasos de salários e benefícios. Os trabalhadores, que pedem para não serem identificados temendo represálias, afirmou ontem em entrevista ao Campo Grande News, que os pagamentos atrasam até 25 dias, além de R$ 320 de ticket alimentação e depósitos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Em fevereiro, os vigilantes entraram em greve exigindo o pagamento de 30% para o adicional de periculosidade, contra os 9% pagos anteriormente. Segundo os funcionários ouvidos pela reportagem, nem o valor anterior tem sido respeitado.

“Só não estamos passado dificuldade porque eu trabalho, mas tem colegas que estão sem luz, estão sem água por falta de pagamento”, afirma a esposa de um vigilante patrimonial. Ela conta que somente o adicional recebido pelo marido é de R$ 270, o que pesa muito no orçamento.

Este trabalhador tem uma jornada de 8 horas sem intervalo de almoço e deveria receber um abono chamado interjornada, que alega não ter sido depositado corretamente. Outro trabalhador diz que o FGTS é depositado em atraso e diz que já procurou os proprietários da empresa. “Estamos cansados de reclamar”, afirma o homem.

Ele diz que a empresa presta serviço para o banco Bradesco e que há comentários de que o contrato entre as empresas será reincidido. O vigilante conta que colegas saíram da empresa há 90 dias e até agora não receberam direitos trabalhistas.

“A gente trabalha o mês todo e não pode contar com o dinheiro no começo do mês, enquanto todo mundo tem dinheiro certo para receber, a gente não tem”, desabafa uma funcionária que diz ser divorciada e criar os filhos sem ajuda.

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