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Capital

Ministério Público debate discriminação de gênero em instituições militares

Thiago de Souza | 23/07/2015 20:54
Representantes da PM e Bombeiros, de ambos os sexos, participaram do evento. (Foto: MP/MS)
Representantes da PM e Bombeiros, de ambos os sexos, participaram do evento. (Foto: MP/MS)

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, iniciou hoje (23), o Seminário Relações de Gênero nas Corporações Militares, que aconteceu no auditório do CREA-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia). O evento vai até essa sexta-feira, e debate a necessidade de combater a violência e discriminação de gênero no Estado.

Dois inquéritos para apurar abusos relacionados a gênero, contra duas mulheres na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros, foram instaurados pela promotora de Justiça de Direitos Humanos, Jaceguara Dantas da Silva Passos. Segundo ela, a Polícia Militar tem uma temática mais avançada para combater esse tipo crime, enquanto “o Corpo de Bombeiros deve ter a questão mais trabalhada”.

Representantes da PM e dos Bombeiros, de ambos os sexos, foram enviados para participar do evento. No gabinete, a promotora e demais autoridades constataram a necessidade de fazer o enfrentamento a essa questão no Estado. O evento foi considerado uma ação inicial do processo.


Representante da Força Nacional de Segurança, a capitã Ana Cássia Nogueira Monteiro vai palestrar sobre a “Apresentação do Grupo de Trabalho do Assédio Moral às Agentes de Segurança.”

Dados

Pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas), mostra que, a cada cinco policiais femininas brasileiras, duas são alvo de assédio sexual, ou moral, mas poucas delas sabem a quem recorrer. Os pesquisadores ouviram cerca de 13 mil agentes de segurança de ambos os sexos de todo o Brasil, entre policiais militares, policiais civis, guardas-civis e peritos criminais.

De acordo com o estudo 39,2% das mulheres dizem já ter sofrido, pessoalmente assédio sexual ou moral no trabalho - três em cada quatro casos são assédios morais, e um em cada quatro é assédio sexual.

A pesquisa mostra ainda que 47,8% das mulheres disseram que em sua instituição não há um mecanismo formal para registro de violência de gênero. Outras 34,7% disseram não saber se há esse mecanismo. Apenas 17,5% afirmaram que a sua corporação possui mecanismo formal de denúncia e apontou qual é o mecanismo.

Os pesquisadores ouviram cerca de 13 mil agentes de segurança de ambos os sexos de todo o Brasil, entre policiais militares, policiais civis, guardas-civis e peritos criminais. De acordo com o estudo 39,2% das mulheres dizem já ter sofrido, pessoalmente assédio sexual ou moral no trabalho — três em cada quatro casos são assédios morais, e um em cada quatro é assédio sexual.

A mesa de trabalhos foi composta além da Promotora de Justiça Jaceguara Dantas da Silva Passos, pelo Coronel PM Deusdete Souza de Oliveira Filho, comandante da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul; pelo Coronel BM Esli Ricardo de Lima, comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul; pelo Secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Segurança Pública, Tenente Coronel Emerson Vicente de Almeida; e Ana Lúcia Américo Antônia, Superintendente de Políticas de Direitos Humanos (SEDHAST), no ato representando a Vice-Governadora, Rose Modesto.

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