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Capital

Moradores buscam ajuda de vereadores para evitar mudança de favela

Ludyney Moura e Alan Diógenes | 28/11/2014 16:39
Chocolate, Luiza e Thais receberam os moradores na Câmara Municipal (Foto: Marcos Ermínio)
Chocolate, Luiza e Thais receberam os moradores na Câmara Municipal (Foto: Marcos Ermínio)
Vereador ligou para o prefeito e o colocou para falar com os moradores (Foto: Marcos Ermínio)
Vereador ligou para o prefeito e o colocou para falar com os moradores (Foto: Marcos Ermínio)

Um grupo de moradores da favela Cidade de Deus e do Jardim Noroeste foi até a Câmara de Campo Grande na tarde desta sexta-feira (28) na tentativa de impedir a remoção de família da região sul para a região leste da Capital.

Ao todo, cerca de 15 pessoas se reuniram com os vereadores Chocolate (PP), Luiza Ribeiro (PPS) e Thais Helena (PT). Os moradores alegam principalmente que longe do lixão da saída para Sidrolândia, eles perderiam sua principal fonte de renda.

Eles também reclamam que o local proposto pela Prefeitura não tem condições de receber as famílias. O presidente da associação de moradores do Jardim Noroeste, Carlos Henrique Faustino Rosa, disse que o terreno, no fundo do bairro, é impróprio para moradia.

Proprietário de uma área próximo ao lote para onde a Prefeitura pretende levar as famílias da favela Cidade de Deus, o advogado Charles Bernardi Altounian acompanhou a reunião e deu detalhes do local. Segundo ele, o lugar é destino de águas pluviais que descem de dois bairros próximos e fluviais de um córrego da região.

“É preciso realizar uma drenagem no local. Sem contar que lá existe uma nascente, e essa mudança (das famílias) pode causar um dano ambiental”, contou o advogado.

Preocupado com a questão, o vereador Chocolate telefonou ao prefeito Gilmar Olarte (PP) para tentar encontrar uma solução. No modo “viva-voz” ele e os moradores ouviram o progressista prometer amparo para o transporte das famílias.

Olarte disse que entrou com um pedido para suspender a reintegração de posse da atual área da favela, para dar tempo de providenciar o loteamento popular no Jardim Noroeste. “Queremos dar dignidades e reparo social para as famílias, incluindo água, luz, creches e escolas para absolver a demanda das famílias”, afirmou o prefeito.

Aos moradores o prefeito confirmou a doação do chamado “kit barraco”, composto por telhas de amianto e madeirites. Gilmar também prometeu encaminhar um cadastro das famílias junto à EMHA (Agência Municipal de Habitação), para pleitear o benefício da casa própria.

Apesar da negativa dos moradores em “trocar” de lugar, principalmente pela proximidade com o local onde trabalham, o lixão de Campo Grande, Olarte frisou que a Prefeitura vai disponibilizar máquinas para preparar o solo do terreno no Jardim Noroeste e caminhões para fazer o transporte dos bens das famílias.

Os vereadores não concordam com a proposta do prefeito. “Eu não acho correto essa mudança” disse Chocolate.

“Qualquer pai de família não quer seus filhos naquele local. Se for fazer uma mudanças que seja com dignidade”, cobrou a vereadora Thais Helena.

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