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Capital

Moradores da região da Máxima já estão sem sinal de celular e internet

Paula Vitorino e Luciana Brazil | 29/09/2012 13:24
Moradores amanheceram sem sinal de celular e internet. (Foto: Simão Nogueira)
Moradores amanheceram sem sinal de celular e internet. (Foto: Simão Nogueira)

No último dia de prazo, a operadora Vivo suspendeu o sinal da torre ao lado do presídio de Segurança Máxima. De acordo com os moradores, o sábado começou sem sinal de internet e celular na região.

“Ontem estava funcionando normal. Hoje não consigo falar com ninguém, nem sinal de internet tem”, diz a moradora Ana Aparecida, de 23 anos, que tem celulares das operadoras Vivo e Claro.

A torre pertence à operadora Vivo, mas também fornecia sinal para Claro e OI. A Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) pediu a desativação do sinal até hoje e a retirada da torre, que está em área pública, até hoje (29). Em caso de descumprimento, a Secretaria afirmou que acionaria judicialmente a operadora.

A exigência tem o objetivo de acabar com o uso de celulares dentro do presídio, já que as autoridades afirmam que a única forma de impedir a infração é cortando o sinal. O titular da Sejusp, Wantuir Jacini, justificou ontem que a cada dia os presos “inovam” as maneiras de levar os aparelhos para dentro das celas, dificultando a fiscalização.

Segundo os moradores, ontem, no fim da tarde, técnicos realizaram trabalhos na torre. Em reunião com a Sejups nesta semana, a Vivo informou que faria a desativação da torre, mas que seria necessário um tempo para a retirada da estrutura e a manutenção do serviço para a população da região.

O comerciante Gelson Daros, de 50 anos, reclama que “as pessoas que estão do lado de fora do presídio não tem nada a ver com o que acontece lá dentro. Nós não podemos ser prejudicados”.

Um policial militar que trabalha no presídio e não quis de identificar diz que o que falta é segurança interna. “Os detectores não funcionam. O que funciona é a vistoria a olho nu que fazemos”, diz.

Ele também diz que os celulares entram no presídio desmontados e os próprios presos montam os aparelhos, peça por peça. “Os celulares deles funcionam mais que o nosso aqui fora”, avalia.

O secretário Jacini disse ontem que a proximidade da torre com o presídio faz o sinal chegar mais forte no local e, portanto, nem bloqueadores de sinal seriam viáveis nessa situação.

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