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Capital

Moradores da região mais castigada pela chuva reclamam da falta de estrutura

Viviane Oliveira | 07/03/2011 12:27

A população sofre com os estragos da chuva

Jardim Oliveira II, quando chove vira um verdadeiro barreiro. (Foto: João Garrigó)
Jardim Oliveira II, quando chove vira um verdadeiro barreiro. (Foto: João Garrigó)
Gleison teve a casa alagada no bairro Oliveira II. (João Garrigó)
Gleison teve a casa alagada no bairro Oliveira II. (João Garrigó)

Mais de seis dias de chuva o que se vê nos bairros de Campo Grande são ruas que formaram rios, casas alagadas, fossa que transbordou e famílias que perderam moveis, roupas e até compra do mês. A região sul, uma das mais afetadas com a chuva, moradores reclamam com a falta de estrutura.

Milton Batista Silva, 52 anos, mora no bairro Jardim Oliveira II, ele reclama que depois que a prefeitura passou uma patrola na Rua Antônio Vieira de Almeida, quando chove vira um verdadeiro barreiro. “Esse carro está atolado desde ontem, depois que começou a chover tive que fazer uma valeta na frente da minha casa para água não entrar, lamenta Milton.

O lavrador Autinho Fernandes, 71 anos, mora no bairro Santa Emília há 23 anos, ele conta que quando chove tem ruas que não tem como passar de carro. “A Rua Conde do Boa Vista é impossível alguém conseguir passar nela”, disse Autinho.

Dona Márcia de Assis da Costa, 50 anos, e o esposo, Rubens Miranda da Costa, 60 anos, moravam na Rua Conde do Boa Vista, a família foi removida após a casa ter sido alagada por mais de três vezes.

Vizinha de Márcia a dona de casa Ilza de Oliveira Silva, 47 anos, conta que perdeu toda a compra do mês. “Coloquei os mantimentos debaixo da pia quando cheguei em casa a chuva tinha molhado tudo", disse Márcia.

Morador faz vala na beira do meio-fio para evitar que a água entre dentro de casa. (Footo: João Garrigó)
Morador faz vala na beira do meio-fio para evitar que a água entre dentro de casa. (Footo: João Garrigó)

O soldador Gleison Luis Palácio Alves, 27 anos, teve a casa alagada no bairro Oliveira II. Ele conta que começou a entrar água com a chuva de sábado. “A minha geladeira queimou, não perdi mais coisas porque levei alguns móveis para a casa da minha irmã que mora ao lado, é a primeira vez que acontece isso, não tenho vontade de entrar aqui dentro e ver a casa assim”.

Chegando à frente da casa da auxiliar de costura, Andréia Elias, 30 anos, dá para sentir o cheiro de fossa que com a chuva transbordou. “As duas fossas transbordaram, estou esperando passar a chuva para poder arrumar. Não vejo a hora de sair o sol”, reclama Andréia.

Vizinho - Outro transtorno é no União, o bairro fica em uma área baixa, próximo a outros – como Santa Emília, São Corando e Oliveira II. O resultado é o mesmo toda vez que chove: enxurradas em diversas vias com e sem asfalto. “A água vem toda da Base Aérea, enche tudo aqui a rua fica parecendo um rio”, acrescenta a agricultora Francisca Camargo, 33 anos.

Francisca é proprietária de duas hortas no União, ela conta que teme perder a plantação por conta da chuva. “Quando chove forte é muita água, não para mais de chover. Fico preocupada”, finaliza Francisca.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, desde o dia primeiro até hoje foram atendidas 95 ocorrências de desalagamento em Campo Grande.

Conforme o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) o dia segue nublado e chuva para a maioria das cidades de Mato Grosso do Sul.

Protesto - Cansados de ver suas casas alagadas, os moradores do bairro Santa Emília decidiram fechar duas ruas da região na última sexta-feira (4) em um protesto para chamar a atenção do poder público sobre a situação no local.

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