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Capital

Moradores de bairro mais pobre da Capital querem lazer e segurança

Leonardo Rocha | 13/11/2015 14:50
Débora Regina, que mora com o neto, sonha com uma moradia mais digna (Foto: Fernando Antunes)
Débora Regina, que mora com o neto, sonha com uma moradia mais digna (Foto: Fernando Antunes)
Moradora com cinco filhos quer mais segurança na favela Cidade de Deus (Foto: Fernando Antunes)
Moradora com cinco filhos quer mais segurança na favela Cidade de Deus (Foto: Fernando Antunes)
Jane de Almeida, mora em frente a unidade do programa, disse que a missão é tirar as crianças das ruas (Foto: Fernando Antunes)
Jane de Almeida, mora em frente a unidade do programa, disse que a missão é tirar as crianças das ruas (Foto: Fernando Antunes)

O bairro escolhido para o lançamento do programa estadual Rede Solidária, o primeiro do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), tem renda per capita de R$ 332,65, a mais baixa de Campo Grande. Além da pobreza, a região da Favela Cidade de Deus, que engloba os bairros Lageado e Dom Antônio Barbosa, na saída para a Sidrolândia, os 14.419 moradores também sofrem com a guerra entre gangues.

Não é a toa, que a principal reivindicação dos moradores, também é segurança. Dos 14,4 mil moradores, 5.720 (39%) são crianças ou adolescentes com menos de 18 anos de idade. Segundo a Sedhast (Secretaria Estadual de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho), a taxa de analfabetismo é de 9,55% entre os moradores da região.

A área foi escolhida para abrigar o programa Rede Solidária – Unidade Ruth Cardoso, lançado hoje com a presença do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Os moradores querem também opções para que os jovens saiam das ruas e busquem novas oportunidades.

Yhoecima Velasques, 29 anos, que mora com seu esposo e mais cinco filhos, na Cidade de Deus, há três anos, ressaltou que a segurança é o que mais se precisa no local, principalmente aos mais novos, que sem perspectivas, acabam se envolvendo com drogas. "Programas como este são importantes, porque tiram os meninos da rua, fazem outros cursos".

Já Débora Regina, 50, que mora há quatro anos na favela, disse que além de esperar melhorias em áreas como educação, segurança e lazer na comunidade, ela e a família sonha em ter uma moradia mais digna, pois as condições que mora no momento não são as melhores.

"Quando chove é muita goteira, muito quente ao longo do dia, queríamos uma casa melhor, mas aqui perto nos bairros vizinhos", disse ela, que tem três filhos, mas mora com o esposo e o neto, que vai participar das atividades deste novo programa do governo.

Jane de Almeida, 36, que mora na frente onde foi montada a primeira unidade do Rede Solidária, no bairro Dom Antônio, ressaltou que tem dois filhos, um de 18 e outro de 19, sendo importante os cursos e oportunidades no mercado de trabalho. "Temos aqui que tirar as crianças e jovens das ruas, para não se envolver em coisa errada, principalmente drogas, um local com atividades de futebol, música, balé e violão ajuda muito".

Nos bairros vizinhos a procura por locais e melhores condições também existe, Elieudes Barretos, 54, que mora no Parque do Sol, disse que no bairro não tem locais de lazer, as praças estão paradas e asfalto apenas nas ruas principais. "Precisamos de um ajuda e ação do poder público".

As irmãs Anne Karoline Costa, 18, Camila Costa, de 14 anos, disseram que um policiamento mais efetivo já ajudaria muito, assim como novas opções para lazer para população. Elas querem aproveitar o novo programa para ter oportunidades na área de esporte, cultura e capacitação.

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