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Capital

Moradores do Cabreúva reclamam de cena antiga: casas invadidas pela água

Fabiano Arruda e Paula Maciulevicius | 25/01/2012 17:39
Dona de casa limpa água barrenta que invadiu sua casa com a chuva desta tarde. (Foto: Simão Nogueira)
Dona de casa limpa água barrenta que invadiu sua casa com a chuva desta tarde. (Foto: Simão Nogueira)

Bastou chover com certa intensidade que moradores do bairro Cabreúva, mais especificamente, na Rua dos Ferroviários, recorrem aos rodos e mangueiras para iniciar um conflito antigo e ingrato: impedir que a água da chuva não entre em casa.

No local, aos fundos do estacionamento da Feira Central, a cena é comum nesta época do ano, relatam.

Katiuscia Vieira, 34 anos, afirma que a água ganha volume e desce com intensidade do estacionamento da Feirona por conta de uma área de declive.

A casa dela foi a mais atingida com a pancada de chuva nesta tarde. O jeito foi, junto com as duas filhas e uma sobrinha, empunhar rodos para tentar livrar a residência da água barrenta.

“A água desce e a boca de lobo não aguenta e estoura toda vez que chove”, conta. “Isto porque foi rápido. É questão de cinco minutos e já enche”.

Na parede da casa é possível ver a marca da altura que a água atingiu, bem como o sofá da sala molhado. Katiuscia garante que, por enquanto, não teve prejuízos significativos, mas lamenta o trabalho de limpeza "antes, durante e depois da chuva”.

Alheio ao clima de preocupação, o filho da dona de casa, de quatro anos, brincava na rua com os pés na água. Perguntado se tinha medo, admitiu que sim. A mãe revela que, basta chover, e o menino chora ao perceber que a chuva invade sua casa.

Funcionária pública conta que, com a chuva de hoje, é a quinta vez que sua residência é invadida pela chuva.
Funcionária pública conta que, com a chuva de hoje, é a quinta vez que sua residência é invadida pela chuva.

Pesadelo antigo - Já a funcionária pública Isaura de Castro, 48 anos, que mora numa vila na mesma rua, conta que, com a chuva de hoje, é a quinta vez que sua casa é invadida pela água. Segundo ela, desde mudou para o local, “é um alagamento por ano”.

“Você precisava ver a rua. Não dava para ver o asfalto, coberto de água”, disse nesta tarde.

Ela diz que já perdeu móveis em casos de anos anteriores e que vai esperar os objetos secarem hoje para verificar se houveram perdas.

“Ainda bem que eu estava em casa, pois ia sair. Agora, a principal preocupação é a próxima chuva”, diz.

Além dela, os moradores ao longo da rua limpavam suas residências nesta tarde. O empresário Alaim Vieira de Almeida, empresário, 36 anos, afirmou estar “vacinado”.

Ele comemora sua casa não ter sido afetada nesta tarde. A saída foi improvisar placas de metal e madeira na entrada da casa.

Com os pés no chão, menino observa a chuva no bairro Cabreúva.
Com os pés no chão, menino observa a chuva no bairro Cabreúva.
Moradores iniciam limpeza de quintal atingido pela água suja.
Moradores iniciam limpeza de quintal atingido pela água suja.
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