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Capital

Moradores do Moreninhas não acreditam no fim das pichações

Filipe Prado | 12/09/2014 18:20
A onda de pichações atingiu quase todo o bairro (Foto: Marcelo Victor)
A onda de pichações atingiu quase todo o bairro (Foto: Marcelo Victor)

Mesmo com a identificação de oito pichadores que aterrorizavam comerciantes do Bairro Moreninhas, os moradores da região não acreditaram no fim da vandalização na região. Todos os pichadores eram adolescentes, de 12 a 17 anos, e foram encaminhados à Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude).

Inúmeros prédios públicos e privados, como por exemplo, as futuras instalações do posto de saúde do Bairro Moreninhas e o Banco do Brasil foram pichados. Igrejas, supermercados, residências e até mesmo uma escola também foram vandalizadas pelos pichadores.

Mesmo com a identificação dos autores, o aposentado Orlando Silgueiro, 65 anos, não acredita que as pinturas irão diminuir. “Não adianta, amanhã eles estarão na rua e farão ainda pior”, imaginou.

Ele já foi prejudicado pela pichação. “Pintei o muro de casa e no outro dia já estava pichado, ainda bem que usei tinta barata”, alegou o aposentado, lembrando que gastou apenas R$ 80 com a pintura.

O marceneiro Marcelo Gonçalves, 33, também não acreditou que as pichações irão diminuir no bairro. “É uma massa. Não tem como acabar é inevitável. É em todas as regiões”, enalteceu. Ele revelou que já filmou os pichadores, mas eles não se intimidaram com as câmeras.

“É uma pouca vergonha. Nem sei o que deve ser feito com essas pessoas, já que temos que tirar da onde não temos pra poder consertar”, completou o aposentado.

Mas nem todos pensam igual. O segurança aposentado Arnaldo Ribeiro, 72, afirmou que a identificação dos pichadores irá acabar com a vandalização do bairro. “Agora que resolveram, vai melhorar com certeza”, assegurou.

Pichadores – A identificação foi possível após um mês de investigações da 4ª Delegacia de Polícia de Campo Grande. Os Boletins de Ocorrências foram encaminhados à Deaij, onde os adolescentes serão ouvidos e as investigações terão prosseguimento.

Todos os pais já foram comunicados dos fatos e entrevistados no Núcleo de Mediação de Conflitos da 4ªDP-CG, ficando advertidos sobre as consequências no âmbito cível e da infância e juventude, com relação às condutas dos adolescentes. Os responsáveis legais se comprometeram em fiscalizar os filhos para que não reincidam na prática infracional.

Os prejudicados também foram ouvidos na audiência, realizada na quinta-feira (11), sob a supervisão dos Delegados de Polícia Titular e Adjunto da 4ª DP, respectivamente, Fernando Paciello Júnior e Tiago Macedo dos Santos. Na ocasião foram expostos os aspectos preliminares da investigação, a continuidade das diligências pela DEAIJ/MS, bem como discutiram formas de resolução desse conflito social juvenil.

As futuras instalações da UPA também foram vandalizadas (Foto: Marcelo Victor)
As futuras instalações da UPA também foram vandalizadas (Foto: Marcelo Victor)
Arnaldo acredita que o número de pichações irá diminuir (Foto: Marcelo Victor)
Arnaldo acredita que o número de pichações irá diminuir (Foto: Marcelo Victor)
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