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Capital

Moradores fazem rifas e eventos para ajudarem a manter creche

Thiago de Souza | 11/03/2016 08:41
Fachada de creche municipal no Bairro Santa Luzia, onde moradores garantem pequenos reparos arrecadando dinheiro entre a própria comunidade. (Foto: Alan Nantes)
Fachada de creche municipal no Bairro Santa Luzia, onde moradores garantem pequenos reparos arrecadando dinheiro entre a própria comunidade. (Foto: Alan Nantes)

A comunidade escolar do Ceinf (Centro de Educação Infantil) Adélia Leite Krawiec, no Bairro Santa Luzia, em Campo Grande, decidiu recorrer a rifas e festivais de comida para arrecadar dinheiro e usar a verba em pequenos serviços de manutenção. A medida chega como alternativa à longa espera pelo Poder Público.

O dinheiro arrecadado na comunidade acaba usado para, por exemplo, retirar pombos do forro, poder árvores ou comprar o cafezinho de professores e funcionários. Segundo o presidente da Associação de Moradores do Bairro Santa Luzia, Elzio Moreira da Silva, conhecido como “Filho do Padre”, eventos como galinhada e festivais de pizza são feitos com frequência.

O Ceinf Adelia Leite Krawiec foi inaugurado dia 30 de agosto de 2010, ocupa uma área de mil metros quadrados. Segundo Silva, atende hoje 190 crianças.

Silva lembra que o dinheiro arrecadado nos eventos não vai para serviços básicos da unidade, mas principalmente bancar despesas eventuais que exigem providências imediatas. “Em vez de ficarmos esperando, fazemos a promoção e aí a APM (Associação de Pais e Mestres) tem recursos”, completou.

Uma das dificuldades vividas pela escola, segundo o “Filho do Padre”, é a infestação de pombos no forro dos blocos. “É um problema difícil de resolver, pois não se pode matar as aves, temos que fazer gaiolas e as vezes contratar um serviço”, disse.

Um leitor do Campo Grande News, que não quis se identificar, viu o anúncio do evento beneficente no bairro por meio de um carro de som e questionou se o procedimento de ajudar financeiramente a escola seria correto. Segundo a APM do Ceinf, o próximo já tem data marcada: uma galinhada, sábado (12).

Segundo o líder comunitário, moradores do Santa Luzia participam e prestigiam os eventos. Ele deu o exemplo de um festival de pizza, em que um morador doa a muçarela, outro doa o trigo “e assim por diante”.

Ressaltou que o almoço não é servido no Ceinf, já que o local não comporta muita gente. “As mesas são pequenas, são de criança”, explicou.

A Prefeitura Municipal de Campo Grande, informou, por meio de sua assessoria, que a manutenção das unidades é de responsabilidade exclusiva da administração municipal. Também disse que a administração não incentiva, mas também não impede essas ações, pelo fato de que elas envolvem toda a comunidade escolar.

Pequenos serviços do Ceinf são pagos com venda de comida no Bairro Santa Luzia. (Foto: Alan Nantes)
Pequenos serviços do Ceinf são pagos com venda de comida no Bairro Santa Luzia. (Foto: Alan Nantes)
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