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Capital

Moradores reclamam de furtos no Guanandi e alegam que falta segurança em parque

Liana Feitosa e Caroline Maldonado | 21/04/2015 10:58
Moradores enfrentam furtos constantes a residências devido à falta de cerca que separe o bairro do parque. (Foto: Marcelo Calazans)
Moradores enfrentam furtos constantes a residências devido à falta de cerca que separe o bairro do parque. (Foto: Marcelo Calazans)

Moradores estão preocupados e com medo por causa da falta de segurança na região do Parque Anhanduí, no bairro Guanandi, em Campo Grande. Há aproximadamente um ano a população enfrenta furtos constantes a residências devido à falta de cerca que separe o bairro do parque, permitindo acesso pela Avenida Ernesto Geisel.

Como a área do Anhanduí não está devidamente cercada, pessoas usam o local diariamente para consumir drogas, segundo os moradores, inclusive adolescentes.

A balconista Joice Gomes Rocha, 38 anos, mora na Travessa Guapó, em frente ao parque. Ela teve a casa invadida em dezembro do ano passado. Para comprar tudo que foi roubado e investir em segurança, ela precisou desembolsar cerca de R$ 8 mil.

"A gente liga para a polícia quando percebemos alguma ação suspeita ou aglomeração de usuários de drogas. Eles falam que vão vir, mas não vem. Não é feita segurança aqui", conta.

"Eu acho que, com a cerca no parque, essa situação pode melhorar", completa, lamentando em seguida que acredita que o serviço vai demorar a chegar à parte próxima à casa dela.

Prejuízo - Em dezembro, a balconista percebeu que a cerca elétrica da casa onde mora não estava funcionando direito, mas imaginou que fosse apenas algum defeito temporário.

Aposentada percebeu que há cerca de 15 dias começaram a mexer na cerca, mas obra durou poucos e dias e logo foi paralisada. (Foto: Marcelo Calazans)
Aposentada percebeu que há cerca de 15 dias começaram a mexer na cerca, mas obra durou poucos e dias e logo foi paralisada. (Foto: Marcelo Calazans)

No dia seguinte, quando a filha dela chegou em casa, o portão estava arrombado. Levaram dois aparelhos de televisão, jóias, relógios e calçados. Também tentaram levar uma moto que estava estacionada na garagem.

Com medo de outros furtos, deixou de trabalhar com para não deixar a casa sozinha. Além disso, instalou câmeras de segurança cujas imagens podem ser acompanhadas por ela remotamente, pelo próprio celular.

Vários casos - A aposentada Maria Caetano de Brito, 69 anos, percebeu que há cerca de 15 dias começaram a mexer na cerca do parque, mas a obra durou poucos e dias e logo foi paralisada. Segundo ela, há mais de um ano a cerca no chão.

Com isso, todos os dias usuários de drogas se reúnem no local, inclusive de dia. Ela acredita que essas pessoas acabam realizando os furtos para sustentar o vício e conhece pelo menos cinco vizinhos que já tiveram a casa invadida.

Segundo estudante, moradores se reúnem e chamam vizinhos quando percebem aglomeração suspeita na região na tentativa de inibir roubos. (Foto: Marcelo Calazans)
Segundo estudante, moradores se reúnem e chamam vizinhos quando percebem aglomeração suspeita na região na tentativa de inibir roubos. (Foto: Marcelo Calazans)

"Se fechassem a cerca, pelo menos não juntaria gente ali. Acho que a prefeitura podia investir mais em segurança aqui", pontua.

Abordagem - Com a ausência da polícia e a falta de conserto da cerca, o estudante Marcos Wender Oliveira, 21 anos, algumas vezes se expõe e aborda as pessoas que frequentam aquela parte do parque.

"Há alguns dias tinha uma aglomeração ali de cinco pessoas usando drogas. Eu mesmo fui lá e conversei com eles, pedi para que saírem do local se possível, e eles saíram", conta.

Ele disse que outra estratégia adotada pelos moradores é reunir vizinhos e amigos quando percebem aglomeração suspeita na região, ficando atentos às ações na tentativa de inibir algum roubo ou furto.

Para Marcos, apenas a presença dos moradores inibe o crime, dando sensação de segurança, mas existem horários que não tem ninguém nas casas e as ruas ficam muito vazias, o que aumenta o medo e a preocupação.

O Campo Grande News tentou contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Campo Grande para falar sobre o assunto, mas nenhuma ligação foi atendida.

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