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Capital

Moradores reclamam de presídio na Vila Sobrinho e problema pode acabar no MPE

Vinícius Squinelo | 28/09/2011 12:15
Em audiência pública, moradores tentam retirar o presídio da região (foto: Simão Nogueira)
Em audiência pública, moradores tentam retirar o presídio da região (foto: Simão Nogueira)

A instalação de um presídio nas proximidades da Vila Sobrinho, em Campo Grande, levou representantes dos moradores da região à Câmara Municipal na manhã de hoje. Os moradores criticam a instalação do prédio e tentam retirá-lo da região.

Durante a Audiência Pública realizada para debater o tema, a população revelou vários problemas com a efetivação do presídio na Vila Sobrinho, em especial a movimentação “estranha” o aumento da criminalidade e a desvalorização dos imóveis da região.

“Não fomos sequer avisados da instalação do presídio, que foi feito ‘na calada da noite’. Várias pessoas já estão vendendo as casas, que estão mais baratas, e mudando dos bairros próximos”, relatou Cida Felske, síndica do Condomínio Flamingos, próximo do novo presídio.

Chamado de “Casa do Albergado” o presídio de regime aberto recebe, segundo a Sejusp (Secretaria de Segurança Pública e Justiça), pessoas que já trabalham com e que cumprem o final da pena. Os presidiários só dormem no local, que já está funcionando e tem capacidade para 200 pessoas.

Segundo os moradores, já se notam mudanças na região que envolve o presídio. O Comércio fecha mais cedo e a população busca mais segurança. “Tenho alarme e cerca elétrica em casa, e todo mundão pergunta quanto custa para colocar isso nas residências”, relata Cléa Maria Lopes de Oliveira, 63 anos, moradora da Vila Sobrinho.

Ainda segundo os moradores, alguns presidiários chegam atrasados e não conseguem entrar no presídio, e acabam “orbitando” na região, pedindo comida e dinheiro nas casas.

Para os vereadores, a situação é complicada e medidas podem ser tomadas. “Acho que é questão para levar ao MPE (Ministério Público Estadual), temos que pensar na reinserção social, mas também no bem estar dos moradores”, opinou o presidente da Câmara Municipal Paulo Siufi (PMDB). “Nem nós sabíamos da instalação deste presídio”, completou.

“Ninguém foi avisado, vamos estudar o caso e a Câmara vai tomar uma posição”, comentou outro vereador, Marcos Alex (PT), presidente da Comissão de Segurança Pública da Casa.

Ofício: A Sejusp, através de documento oficial, comunicou a Câmara Municipal que a instalação do presídio na Vila Sobrinha foi “informada e autorizada pelo Governo Estadual, Tribunal de Justiça e Ministério Público”.

Ainda segundo a Secretaria, o presídio recebe presidiários de baixa periculosidade, que possuem “direito à reinserção social”.

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