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Capital

Moradores se queixam de obras paradas e clamam por mais moradias

Lidiane Kober e Kleber Clajus | 07/05/2014 13:52
“Prometeram asfaltar as ruas Globo de Ouro e Independência, mas até agora nada”, disse Nilson na audiência (Foto: Marcos Ermínio)
“Prometeram asfaltar as ruas Globo de Ouro e Independência, mas até agora nada”, disse Nilson na audiência (Foto: Marcos Ermínio)

Na primeira audiência pública de um ciclo de nove, moradores da região do Anhanduizinho aproveitaram estar frente a frente com integrantes do primeiro escalão da Prefeitura de Campo Grande para cobrar, principalmente, o recomeço de obras paralisadas na gestão de Alcides Bernal (PP), que foi cassado pelo legislativo municipal no dia 12 de março deste ano, mais unidades habitacionais e segurança pública.

Promovido pela Câmara Municipal, o evento foi criado justamente para levar à administração as dificuldades vividas pelos moradores das sete regiões da Capital e de dois distritos. “Prometeram asfaltar as ruas Globo de Ouro e Independência, mas até agora nada”, reclamou o presidente do Bairro Jardim Aero Rancho III, Nilson Ferreira.

Secretária adjunta da Seintra (Secretaria Municipal Infraestrutura, Transporte e Habitação), Kátia Castilho, alegou que no dia 6 de junho do ano passado “a obra parou porque o empreiteiro desistiu”. “Vamos ter que licitar de novo”, acrescentou. Do total de R$ 1.349.674,49, previstos para a pavimentação, falta aplicar R$ 520.683,68.

Kátia informou ainda que na região do Anhanduizinho 29 obras estão previstas, das quais cinco estão paralisadas e oito em licitação. Dentre as paradas, ela citou a construção de Unidades Básicas de Saúde no Jardim Parati e no Aero Rancho, além das obras de pavimentação e drenagem no Jardim Botafogo e outra no Aero Rancho.

A adjunta da Seintra ainda admitiu a necessidade de aprimorar os processos para garantir mais eficiência na execução das ações. “Estamos nos organizando e catalogando internamente para dar sequência às obras paralisadas. Precisamos, por exemplo, de uma melhora para que não haja demora na medição”, comentou. Ela revelou ainda a intenção de abrir espaço aos líderes comunitários para acompanhar o andamento das obras.

Ainda na audiência, líderes comunitários relataram o pleito dos moradores por mais unidades habitacionais para sair do aluguel e realizar o sonho da casa própria. Diretora-presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação) Marta Lúcia Martinez, destacou a previsão de construir 800 moradias na região.

“O processo está em tramitação no Ministério das Cidades”, disse. O principal obstáculo, segundo Marta, é liberar áreas invadidas para levantar os conjuntos habitacionais. “A demanda por casa é muito grande, o ideal seria ter, todos os anos, um percentual de investimento já previsto no orçamento”, acrescentou.

Também na audiência, o diretor-presidente da Funsat (Fundação Municipal do Trabalho) Cícero Ávila, fez questão de ressaltar que, a partir deste ano, a pasta passará a ter R$ 2 milhões para investir somente em qualificação profissional.

Um dos 16 vereadores presentes na audiência, Paulo Siufi (PMDB) contou que as principais demandas dos moradores são por “mais segurança, asfalto e postos de saúde”. Presidente da Câmara, o vereador Mário César (PMDB) frisou “a importância do evento para abrir o diálogo da sociedade com representantes de todas as secretarias”. A próxima audiência pública será daqui uma semana (14) com os moradores da região do Anhanduí.

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