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Capital

Moradores tentam saber de quem é culpa por rua no meio do condomínio

Defensoria Pública foi acionada para apurar a responsabilidade em relação ao incômodo

Mayara Bueno e Flávia Lima | 29/01/2016 08:56
Rua atravessa condomínio e impede execução de obras. (Foto Fernando Antunes)
Rua atravessa condomínio e impede execução de obras. (Foto Fernando Antunes)
Elza Leão mostra o trecho onde a Rua 13 de Junho cruza com a das Nações Unidas. (Foto:Fernando Antunes)
Elza Leão mostra o trecho onde a Rua 13 de Junho cruza com a das Nações Unidas. (Foto:Fernando Antunes)

Um problema que se arrasta há 12 anos pode estar próximo de ser resolvido. Essa é a expectativa dos moradores do Residencial Parque das Goiabeiras, no Bairro Monte Castelo, em Campo Grande, que acionaram a Defensoria Pública para apurar de quem é a responsabilidade por um trecho da Rua 13 de Junho atravessar o condomínio. 

A ideia é levantar se a responsabilidade é da empresa que construiu o condomínio, do Executivo Municipal ou da Caixa Econômica Federal. Segundo a Defensoria, a investigação começou depois de reclamação de moradores do residencial, que desde o ano passado decidiram se unir para resolver a questão.

Qualquer condutor que esteja trafegando pela 13 de Junho terá, obrigatoriamente, que fazer um desvio ao chegar à guarita da portaria do condomínio. Os moradores, por sua vez, dizem que o local está vulnerável, por ser cercado apenas por um alambrado, e querem construir um muro, mas dependem de uma definição sobre o fato de a rua passar entre suas residências.

A formalização da denúncia junto a Defensoria do Meio Ambiente ocorreu no início deste ano. "Se fizermos a obra, corremos o risco de a Prefeitura, no futuro, querer executar alterações na via e daí vamos perder o investimento, além de ser ilegal", ressalta a gestora de Recursos Humanos ElzaLescano Leão, que está mobilizando os moradores. 

Elza mora no residencial há 13 anos e revela que o maior problema é enfrentado pelos proprietários de 16 casas que têm o quintal voltado para a cerca de alambrado. Como a área está tomada por mato, ela conta que é comum a entrada de criminosos nas residências. "Na semana passada mesmo invadiram uma das casas. Eles ficam monitorando quem está fora, trabalhando", diz. 

A mulher explica que o problema teve início logo na entrega das casas, em 2003. Na época, o residencial ainda era administrado pela Caixa Econômica, que informou aos moradores que o muro não poderia ser construído devido ao trecho da rua que passa dentro da área particular. "Não sei se eles já sabiam disso na época da construção ou descobriram depois", questiona.

Frente a esse impasse, os moradores ficaram de mãos atadas. O fato de a maioria ainda não ter quitado o financiamento complicava a solução do problema. Somente após a administração do residencial passar efetivamente aos moradores, o que aconteceu ano passado, é que eles puderam retomar a questão.

"Agora, mais de 50% dos moradores que já quitaram suas parcelas e temos autonomia para decidir", afirma. 

A alternativa para os motoristas, caso o condomínio seja fechado e o trecho da via desativado, seria a Rua das Nações Unidas, que contorna as casas. No entanto, surge mais um problema, já que a rua está tomada de vegetação e lixo, segundo informou a Defensoria.

A situação da rua motivou a abertura de procedimento preliminar, publicado no Diário Oficial do Estado na quinta-feira (28) em desfavor da Prefeitura de Campo Grande. De acordo com a Defensoria, o local está “tomado por vegetação e lixo, servindo como potencial criadouro do mosquito Aedes aegypiti, além de esconderijo para criminosos”.

Ainda segundo informações da Defensoria, as investigações e possíveis soluções devem ocorrer em 45 dias, prazo que pode ser prorrogado. Neste período, a Prefeitura será notificada a explicar a situação.

Na manhã desta sexta-feira (29), a reportagem do Campo Grande News enviou e-mails ao Executivo Municipal e à Caixa Econômica Federal solicitando posicionamento oficial acerca da questão. Até a publicação deste texto, não houve respostas.

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