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Capital

Morre idosa que ficou três dias em posto à espera de vaga no CTI

Fernanda Mathias | 03/07/2016 08:36
" Espero que ninguém mais passe por isso”, desabafa a neta, a operadora de caixa Tatiane Cândia (Foto: Arquivo Pessoal)
" Espero que ninguém mais passe por isso”, desabafa a neta, a operadora de caixa Tatiane Cândia (Foto: Arquivo Pessoal)

Morreu ontem à noite no Hospital El Kadri, em Campo Grande, Mariana Felícia de Souza, 80 anos, que ficou internada em estado crítico por três dia na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida à espera de vaga no CTI (Centro de Terapia Intensiva).

“No tempo que ela ficou na UPA ela contraiu infecção e piorou. Demorou demais para ser transferida. Espero que ninguém mais passe por isso”, desabafa a neta, a operadora de caixa Tatiane Cândia de Souza Silva, 27 anos.

Mariana ficou por 03 dias em upa em estado crítico (Foto: Direto das Ruas)
Mariana ficou por 03 dias em upa em estado crítico (Foto: Direto das Ruas)

No dia 23 de junho, Mariana era um dos 68 pacientes que estavam em estado grave aguardando vaga em CTI, na Capital. Somente no fim da noite havia conseguido a transferência para o hospital El Kadri.

Segundo Tatiane, a pneumonia da avó avançou e ontem os rins pararam de funcionar, mas exame descartou gripe causada pelo vírus H1N1. A família ainda aguarda o laudo apontando a causa da morte. O velório está sendo na Capela Campo Grande e o sepultamento está marcado para 15h30 no Cemitério Nacional Parque.

Problema Crônico – A falta de vagas em CTIs persiste. Ontem familiares de Camile Mendes Godoi, 12, informaram que a criança está internada desde sexta-feira na UPA do Jardim Leblon, aguardando vaga. A suspeita, segundo o irmão da menina Bruno Hallysson de Moraes Godoi, é de H1N1.

A média diária de pedidos de vaga em CTI e UTI, disparou nos últimos dois meses, segundo a Defensoria Pública. Atualmente seis pessoas por dia procuram internação para pacientes em estado grave que estão em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) da Capital. Há pouco tempo era uma solicitação por dia, em média. “É um caos”, diz o defensor público Fabrício Cedro Dias de Aquino, da 2ª Defensoria Pública de Atenção à Saúde Pública, às Pessoas com Deficiência e aos Idosos.

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