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Capital

Morte de policial militar pode ter sido encomendada, diz delegado

Ana Paula Carvalho e Viviane Oliveira | 03/10/2011 19:52
Corpo caiu atrás de pneus; perícia analisa local. (Foto: João Garrigó)
Corpo caiu atrás de pneus; perícia analisa local. (Foto: João Garrigó)

De acordo com o delegado Devair Aparecido Francisco, da 4ª Delegacia de Polícia, que investiga a morte do policial militar aposentado da reserva, Humberto Aparecido Rolon, de 40 anos, as imagens do circuito interno de uma farmácia próxima a borracharia onde o crime aconteceu flagrou toda a movimentação dos executores.

Segundo ele, dois homens estavam em uma moto azul, eles teriam parado em frente à farmácia, o garupa desceu e, sem capacete, se dirigiu a borracharia. Ele efetuou cinco tiros a queima roupa contra as costas do PM que estava agachado vendo um pneu.

Enquanto isso, o condutor da moto deu a volta na quadra e parou em frente ao estabelecimento. O atirador subiu novamente na garupa e os dois fugiram.

O delegado afirmou que as imagens não estão muito boas, mas que assim que forem “tratadas” poderão ajudar na investigação e na identificação dos autores do crime.

Rotina - De manhã, o policial esteve na borracharia para arrumar o pneu de uma moto. Segundo relatos, ele trabalha em uma empresa próxima do local.

À tarde, ele ficou de voltar para pagar pelo conserto. Assim que chegou em um carro Fiat Siena, parou e foi atendido por um vendedor. Os dois estavam agachados no momento dos tiros.

Mais quatro pessoas estavam dentro do estabelecimento. Eles relataram que tudo foi muito rápido e por isso não conseguiram identificar o homem que efetuou os disparos.

O delegado acredita que o crime tenha sido encomendado.

Execução - O Ministério publico Estadual, denunciou, em 2003, o policial como um dos autores da execução Altair Cavalheiro Flores Neto, no dia 21 de dezembro de 2003.

De acordo com a denúncia, Humberto Aparecido Rolon, Celso Rodrigues Romeiro, Carlos Icassatti e Miguel Icassati foram contratados pelo ex-comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar de Ponta Porã, Gibson de Jesus Maroni Cabral para cometer o crime.

A execução teria sido encomendada, segundo o MPE, porque Altair teria se desentendido, em Jardim, com o filho do ex-comandante, Bruno de Matos Maroni. Ele foi assassinado com mais de 20 tiros de revólver calibre 38 e pistola 9mm.

Indenização - Em 2010, Rolon entrou com uma ação de indenização por danos morais contra o Estado. Ele pedia R$ 200 mil.

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