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Capital

Morto ao pedir desculpas, eletricista tinha fama de ser bom com vizinhos

Luana Rodrigues | 11/05/2015 14:07
Familiares e amigos acompanharam o sepultamento de Claudio (Foto:Marcelo Calazans)
Familiares e amigos acompanharam o sepultamento de Claudio (Foto:Marcelo Calazans)

Familiares e vizinhos não se conformam com a maneira como o eletricista Cláudio Gonçalves de Siqueira, 40 anos, foi assassinado na tarde de sábado (9), em Campo Grande. Ele foi morto a facadas depois de voltar a um bar no Jardim Santa Emília, onde havia se envolvido em uma briga, porque queria pedir desculpas pelas ofensas que fez durante o desentendimento. No velório do trabalhador, ocorrido na manhã desta segunda-feira(11), a esposa de Claudio disse que tentou impedir o marido de voltar ao local, mesmo assim, ele insistiu e foi.

Conhecido como um homem que ajudava os vizinhos por meio dos trabalhos que fazia como eletricista, muitas vezes de graça para aqueles que não tinham como pagar, Claudio costumava frequentar o bar onde foi morto. Segundo amigos, nunca havia se envolvido em uma briga ou discussão com ninguém. "Era um homem bom demais, conhecido no bairro porque ajudava a todos que tinham algum problema com eletrônico ou dentro de casa, era muito tranquilo, não tinha esse perfil de brigar com alguém", conta um vizinho.

A esposa de Claudio, Cristaine Siqueira, conta que no dia do crime ela havia saído de casa pela manhã e quando retornou, encontrou o marido ferido. "Perguntei a ele o que tinha acontecido, e primeiro ele disse que havia caído de bicicleta, só depois me contou sobre a discussão", relata.

Pouco tempo depois de contar a esposa sobre a briga, Claudio disse que voltaria ao bar para pedir desculpas ao desafeto pelas ofensas que fez durante a discussão. Cristiane por usa vez, diz que tentou impedir o marido, inclusive discutiu com ele tentando segurá-lo a força, mas foi vencida pela força de Claudio. "Ele era amigo da dona do bar e disse que tinha que voltar pra pedir desculpas, eu não queria, tentei impedir, a mãe dele tentou, mesmo assim ele foi", esclarece.

Ainda conforme Cristiane, quando Claudio chegou ao local, um indivíduo conhecido como "Neguinho" foi em direção a ele já com a faca nas mãos. "Eu corri para tentar impedir que ele esfaqueasse meu marido, mas não consegui. Ele chegou a dar um tapa no rosto do Claudio e depois chutou o corpo para ver se tinha morrido", conta a esposa.

Cláudio foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levado à Santa Casa, onde passou por uma cirurgia, mas não resistiu.

Ele deixa a esposa e uma filha de 11 anos. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Bairro Piratininga, e será investigado.

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