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Capital

Motorista de van escolar nega acusações de abuso contra crianças

Luciana Brazil | 12/03/2013 08:49
Mãe de uma das crianças vai à delegacia na quarta-feira (6) para denunciar suspeito. (Foto:Vanderlei Aparecido)
Mãe de uma das crianças vai à delegacia na quarta-feira (6) para denunciar suspeito. (Foto:Vanderlei Aparecido)

O motorista da van escolar suspeito de abusar de crianças em Anhanduí negou todas as acusações na tarde de ontem (12) durante depoimento na DPCA (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente). O homem de 52 anos chegou à delegacia por volta das 14h30, acompanhado do advogado. Segundo a polícia, o suspeito não chegou a ser intimado e compareceu espontaneamente.

De acordo com o delegado Helton Galindo, responsável pelo caso, o motorista afirmou desconhecer as denúncias. “Ele disse que conhecia algumas crianças, mas negou tudo”.

Até o momento, foram registrados três Boletins de Ocorrência contra o motorista. No caso mais grave, o suspeito teria tirado a roupa de uma criança de seis anos e tocado a genitália da menina. “Por este crime ele pode ser indiciado por estupro de vulnerável”. Porém, segundo Galindo, nas duas outras ocorrências o motorista responderia por importunação ofensiva ao pudor. “São situações onde ele passou a mão por cima da roupa e abraçou as crianças”.

Galindo explica que de acordo com o laudo do IMOL (Instituto Médico Odontológico Legal), não houve conjunção carnal. "Não teve o rompimento do hímen, isso já foi confirmado". O resultado da Perícia ainda não está concluído, mas o delegado explica que já teve acesso às informações.

O advogado do motorista, Afrânio Alves Corrêa, disse a reportagem do Campo Grande News que prefere não dar declarações sobre o depoimento de seu cliente, deixando o caso apenas sob investigação policial.

Outras famílias de Anhaduí serão ouvidas pelo delegado antes da conclusão do inquérito. “Vou investigar outras crianças e isso vai levar um certo tempo por causa da logística. São famílias de Anhanduí, que moram em fazendas distantes e isso vai demandar tempo”, explicou o delegado.

Fato: A denúncia de abusos foi feita na quarta-feira (6) quando o pai de uma das crianças procurou a delegacia. Segundo ele, a filha sofria abusos há pelo menos um ano. Ele disse à polícia que soube do caso na terça-feira passada (5) quando a menina resolveu contar para a mãe.

No dia anterior, a criança contou a história para outro motorista, que comunicou à direção da escola. Os pais da menina trabalham em uma fazenda na saída para São Paulo, cerca de 70 km de Campo Grande.

Segundo o pai, a filha saía de casa 5h da manhã e voltava às 13h. A menina era a última criança a ser entregue pelo motorista. “Ele parava em lugar ermo, tirava a roupa e passava a mão nela, depois ele pedia para ela colocar a roupa e seguiam a viagem”, lamenta.

O suspeito, dono da frota de transporte, motorista e prestador de serviço do Estado Município, faz o transporte escolar da Escola Municipal 8 de Dezembro, no assentamento Santa Luzia, em Anhaduí.

Depois da primeira denúncia, outros casos começaram a aperecer. Uma menina, hoje com 19 anos, disse que também sofreu abusos quando tinha 10 anos.

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