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Capital

Motorista de van, suspeito de abusar de meninas, não aparece para depor

Ângela Kempfer e Nadyenka Castro | 08/03/2013 14:59

O motorista da van escolar suspeito de abusos contra crianças em Anhanduí era esperado nesta sexta-feira na DPCA (Delegacia Especializada de Proteção da Criança e Adolescente) para depor, mas não compareceu. O motivo extra-oficial é troca de advogado.

Na delegacia, a mãe de uma das meninas detalhou na tarde de hoje como descobriu tudo. Segundo a mulher de 29 anos, que não terá o nome revelado para preservar a identidade da criança, uma outra menina, de 9 anos, impediu que algo pior ocorresse com a filha.

A mãe diz que a colega passou a proteger a criança, orientando para fugir do homem, sentar longe do motorista de 52 aos, durante o percurso até a escola, na zona rural de Anhanduí. Depois, incentivou a menina a contar tudo para os pais.

Em uma dessas ocasiões, a menina de 6 anos relata que chegou a ficar nua, a pedido do motorista. Ele prestava serviços para a prefeitura de Campo Grande, o que colocava o motorista acima de suspeitas, comenta a mãe.

Como leva a filha de carro, nove quilômetros até o ponto da van, na segunda-feira passada a menina encontrou uma brecha para conversar sobre o assunto com a mãe.

“Ela perguntou se eu gostava mais do atual motorista ou do antigo. Eu disse que gostava mais do atual e ela respondeu que também, porque o outro havia empurrado 2 vezes no carro e tirado a calcinha dela”

Assustada, ela contou ao marido e os dois procuraram a Polícia. “A gente ouvia boatos na cidade de meninas mais velhas. Mas todo mundo pensava que elas estavam paquerando o motorista, A gente nunca pensa que vai acontecer isso”, justifica.

A mulher diz que sente que os abusos começaram no ano passado. “Um dia ela sentou na frente na van e aquilo me provocou uma sensação ruim”. Ela conta que o motorista participava de festas da escola, o que também levava a confiança dos pais.

Hoje, ao conversar com a filha, a mãe ouviu um desejo da menina. “Mamãe ele tem de ficar preso e não sair nunca mais”.

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