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Capital

Motoristas temem que Fernando Corrêa se torne "nova Ernesto Geisel"

Deslizamentos se tornaram constantes na avenida e erosões se aproximam do asfalto em alguns pontos

Leandro Abreu | 23/05/2016 16:41
Erosão mais recente ocorreu na semana passada e se aproxima do asfalto. (Foto: Fernando Antunes)
Erosão mais recente ocorreu na semana passada e se aproxima do asfalto. (Foto: Fernando Antunes)

Com vários pontos de deslizamento em uma extensão de cerca de 1 quilômetro nas avenidas Fernando Corrêa da Costa e Ricardo Brandão, os motoristas e pedestres que passam todos os dias por ali temem que as duas vias se tornem um problema crônico e sem previsão de recuperação, como ocorre na avenida Ernesto Geisel, que possui vários pontos de desabamento, comprometendo inclusive faixas dos carros. A Prefeitura de Campo Grande afirma que ações de manutenção estão sendo realizadas e prevê término no mês que vem.

Um dos pontos críticos, mas que já passa por manutenção, é o cruzamento da Fernando Corrêa da Costa com a rua Padre João Crippa, na frente do Hemosul. A terra está deslizando e pode inclusive afetar a ponte. Máquinas e homens da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) trabalham e tentam acabar com o problema.

Uma quadra depois, a erosão já se aproxima do asfalto e se não for controlada pode afetar em breve o trânsito de veículos da região. Nem mesmo as árvores plantadas na margem se seguram e estão caindo junto com a terra para dentro do córrego Prosa.

O serviços gerais Maciel Firmo, 22, trabalha em frente da erosão e acredita que se o problema não for corrigido logo, vai afetar a pista. “Essa aqui na frente foi a última que deslizou. Daqui a pouco a avenida vai ficar igual a Ernesto Geisel, que tem várias faixas interditadas para passagem de carros por deslizamento assim”, comentou.

Sacos de areia usados para conter deslizamentos já estão expostos e não suportam a passagem de fortes enxurradas. (Foto: Fernando Antunes)
Sacos de areia usados para conter deslizamentos já estão expostos e não suportam a passagem de fortes enxurradas. (Foto: Fernando Antunes)

Já em frente de um condomínio de prédios, próximo do cruzamento com a rua Joaquim Murtinho, sacos de terra usados para contenção dos desabamentos já estão expostos por conta do tempo e das fortes chuvas. Uma grande placa de concreto, que se desprendeu e foi arrastada pela enxurrada, está pendurada no local há cerca de três meses e ninguém a removeu até hoje.

Por último, em frente a entrada do estacionamento da Uniderp e próximo do viaduto da Ceará, a lateral de concreto das obras de drenagem do local se quebrou e foi levada pela força das águas também há cerca de três meses. Funcionários da Seintrha também trabalham no local há um mês. Estacas foram fixadas no terreno para tentar evitar novos desmoronamentos.

Para o caixa do estacionamento da universidade, Osmar Andrade, 60, se as ações forem somente pontuais e paliativas o problema não será resolvido. “Se continuar assim, só com esses amarrados de arame cheios de pedra, não vai resolver. Na próxima chuva vai levar tudo de novo. O certo era fazer obra na avenida toda. Se tapar aqui, vai abrir ali jájá”, comenta.

Conforme o setor de comunicação da prefeitura, a equipe técnica da Seintrha já está trabalhando nos reparos ao longo da avenida Ricardo Brandão e no prologamento da Fernando Coreio da Costa. “Na região da Uniderp uma equipe está no local fazendo os reparos. Já em frente ao Hemosul as obras estão em fase de acabamento. Na sequencia a equipe vai descendo a avenida fazendo os reparos. A previsão de término de toda a avenida é de no fim de junho”, disse em nota enviada por e-mail ao Campo Grande News.

Concreto já foi levado pela enxurrada e estacas foram fixadas para segurar restante da margem. (Foto: Fernando Antunes)
Concreto já foi levado pela enxurrada e estacas foram fixadas para segurar restante da margem. (Foto: Fernando Antunes)
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