ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 31º

Capital

MPE ainda analisa inquérito que investigou erro médico na quimioterapia

Luana Rodrigues | 06/10/2015 13:05
José Maria Ascenço pode responder por homicídio com dolo eventual (Foto:Arquivo)
José Maria Ascenço pode responder por homicídio com dolo eventual (Foto:Arquivo)

Quase três meses após a Polícia Civil encerrar o inquérito que investigou um erro no tratamento de quimioterapia da Santa Casa, que pode ter causado a morte de quatro mulheres, nenhum dos cinco envolvidos foi denunciado pelo MPE(Ministério Público Estadual). O procedimento, com mais de 10 mil páginas, está sob responsabilidade do promotor Silvio Amaral Nogueira da 61ª Promotoria Especial Criminal, que dividiu a análise com mais três promotores.

Conforme a assessoria de imprensa do MPE, os promotores estão aguardando a resposta de um procedimento enviado a Justiça, e até o final desta semana devem decidir se denunciarão ou não os indiciados.

Caso seja denunciado pelo MPE, o médico José Maria Ascenço, dono da clínica que prestava serviços ao hospital, pode responder por homicídio doloso e lesões graves. Já farmacêutico Rafael Castro Fernandes por homicídio culposo por cada uma das mortes e pode ser condenado, por cada crime, a pena de 6 a 12 anos de reclusão. Pelo mesmo crime foi indiciado o médico Henrique Eses Ascenço, que era o responsável técnico pela clínica.

A farmacêutica Rita de Cássia Junqueira Godin foi indiciada por falsidade ideológica, porque registrava a manipulação dos medicamentos no período da tarde, apesar da mistura acontecer de manhã. E a enfermeira Geovana Carvalha Penteado, que chegou a realizar a manipulação dos produtos, foi indiciada por exercício irregular da profissão.

Vítimas - As investigações constataram que um erro – a troca de medicamentos, o Fluoroucil (5-FU) pelo Metotrexato– causou as mortes das pacientes Carmen Insfran Bernard, 48 anos, Norotilde Araújo Greco, 72, e Maria Glória Guimarães, 61, em julho do ano passado. A quarta vítima, Margarida Isabel de Oliveira, 70, morreu em 27 de janeiro deste ano, sete meses após a troca. Os cinco envolvidos podem ser condenados a pena de até 96 anos de reclusão.

Nos siga no Google Notícias