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Capital

MPE discute redução da mortalidade materna através do parto humanizado

Alan Diógenes | 24/04/2015 17:07
Dados revelam que 80% das mortes de gestantes durante parto poderiam ser evitadas com parto humanizado. (Foto: Fernando Antunes)
Dados revelam que 80% das mortes de gestantes durante parto poderiam ser evitadas com parto humanizado. (Foto: Fernando Antunes)
Vereadora Carla Stephanini é autora de projeto que obriga maternidades a adotar o parto humanizado. (Foto: Fernando Antunes)
Vereadora Carla Stephanini é autora de projeto que obriga maternidades a adotar o parto humanizado. (Foto: Fernando Antunes)

O MPE (Ministério Público Estadual) através da Promotoria dos Direitos Humanos de Campo Grande promoveu uma audiência pública, na tarde desta sexta-feira (24), para discutir redução da mortalidade materna com o parto humanizado. Dados revelados durante o encontro mostraram que 80% das mortes poderiam ser evitadas se este método fosse adotado pelos centros médicos.

Conforme a vereadora Carla Stephanini (PMDB), que participou do evento, o parto humanizado consiste na permissão da presença de “doulas”, ou seja, acompanhantes, durante o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, sempre que solicitadas pelas gestantes. “Isso vem para diminuir a violência obstétrica e vai reduzir o número de mortes de gestantes durante a gravidez”, comentou.

A vereadora é autora do projeto de lei nº 7729/14, denominado Parto Humanizado. O projeto de lei visa obrigar as maternidades, casas de parto e estabelecimentos hospitalares congêneres da rede pública e privada da Capital, a adotarem este método. Além deste, ela também é autora do projeto nº 5348/14, chamado Mãe Coruja, que assegura a assistência integral às gestantes, desde os exames neonatais até o momento do parto.

A promotora de Direitos Humanos Jaceguara Dantas da Silva, destacou que a discussão não pode ficar somente em relação ao parto humanizado. “Discutimos o tema para reduzir a mortalidade materna, mas também temos que tratar da saúde como um todo, uma área caótica da Capital”, apontou.

Nathália Ziolkowski, 29 anos, também desenvolve o trabalho de acompanhante à gestante. “Nós dolas não fazemos o parto, apenas damos um apoio e assistência social à mulher durante sua gestação. Ou seja, elas traçam um plano de como querem que sejam seus partos e nós as orientamos a como seguir durante o programa”, destacou.

A assessora parlamentar Nayhara Almeida de Souza, 28, está ma 28º semana de gestação. Ela optou pelo parto humanizado, mas disse que encontra dificuldade para encontrar um médico que aceite o método. “Na minha primeira gestação eu não tinha como escolher e tive um parto cesariana; minha recuperação foi difícil. Hoje quero ter um parto normal e utilizar o método humanizado, mas o médico que aceita fazer, sempre cobra caro pelo procedimento”, finalizou.

Também estiveram presentes na audiência o Conselho Regional de Enfermagem, Conselho Regional de Medicina, profissionais de Obstetrícia e representantes dos convênios Unimed e Cassems.

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