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Capital

MPE é contra liberdade para presos por assassinato no Caiobá

Nadyenka Castro | 19/10/2011 19:53

Parecer do promotor de Justiça Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos é pela manutenção da prisão de Natividade Ojeda, 59 anos, e Paulo da Silva Ojeda

Armas usadas no tiroteio e capacete de uma das vítimas. (Foto: Pedro Peralta)
Armas usadas no tiroteio e capacete de uma das vítimas. (Foto: Pedro Peralta)

O MPE (Ministério Público Estadual) é contra a concessão de liberdade para Natividade Ojeda, 59 anos, e Paulo da Silva Ojeda, presos desde o dia 3 deste mês, em Campo Grande, pelo assassinato de Ketson Diego da Silva Ronchi, 17 anos, ocorrido na mesma data, em uma conveniência do Portal Caiobá.

Conforme parecer do promotor de Justiça Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, apesar de os acusados serem primários, terem ocupação lícita e residência fixa, como alega a defesa, “as circunstâncias dos delitos, amplamente divulgadas pela mídia local, repercutiram negativamente na sociedade”.

O promotor justifica o parecer pela manutenção da prisão dizendo ainda que “ a liberdade dos requerentes no presente momento provocaria sensação de impunidade e medo na comunidade local, principalmente nos moradores da região onde os fatos ocorreram, fazendo-se a prisão necessária para, além de resguardar a credibilidade da justiça, assegurar paz da comunidade, sensivelmente abalada por delitos desta natureza”.

Agora, cabe ao juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, decidir se mantém Natividade e Paulo na cadeia.

Além de serem acusados da morte do adolescente, por causa de uma dívida de R$ 0,15, os dois são apontados como autores de tentativa de homicídio contra Jhones Ramos de Oliveira e Jefferson de Lima.

O crime - De acordo com a Polícia, Ketson comprou quatro cervejas na conveniência e, ao sair, questionou, em tom intimidador, o proprietário Luiz Silva Ojeda por ter cobrado R$ 0,15 de seu amigo,que fizera uma compra no dia anterior. O comerciante negou ter cobrado o valor.

O adolescente foi embora, mas, retornou uma hora depois em companhia de Jefferson e Johnes e ameaçou o comerciante.

Irmão de Luiz, Reginaldo Ojeda deu um soco em Ketson, dando início a uma briga generalizada. Os amigos saíram do local, mas prometeram voltar para tirar satisfação.

Diante da ameaças, Natividade buscou um revólver calibre 32 enquanto Paulo pegou um calibre 22.

Respectivamente pai e irmão do comerciante, eles montaram guarda em frente à conveniência. Os amigos retornaram ao local e houve troca de tiros. À polícia, Natividade e Paulo confirmaram ter revidado dando tiros em direção ao trio.

Ferido na perna, virilha e testa, Jefferson foi levado de moto por Ketson até ao posto de saúde do bairro Coophavila. Ele retornou para buscar Johnes, baleado no queixo, e acabou morto.

Ao chegar ao local, os policiais militares encontraram Ketson morto e duas motocicletas caídas sobre seu corpo. Natividade foi detido em casa e logo em seguida a Polícia Militar localizou Paulo.

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