ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Capital

MPE investiga procuradoras do município por não cumprir decisão judicial

Nadyenka Castro | 12/03/2013 15:35
Famílias foram despejadas em fevereiro deste ano. (Foto: Luciano Muta/ Arquivo)
Famílias foram despejadas em fevereiro deste ano. (Foto: Luciano Muta/ Arquivo)

O MPE (Ministério Público Estadual) investiga a conduta de duas procuradoras do município de Campo Grande por não cumprimento a decisão judicial em processo de reintegração de posse. A abertura do inquérito, também contra a Prefeitura, foi determinado por um juiz e foi publicada na edição desta terça-feira do Diário Oficial do MPE.

As procuradoras atuam no processo de reintegração de posse, que tramita desde 2008, de uma área da Prefeitura no Jardim Santa Emília. Conforme o juiz responsável pela ação, Nélio Stábile, no ano passado, após decisão favorável à administração, o município pediu prazo de 30 dias para tentar acordo com os invasores.

O prazo foi concedido, mas, o município pediu mais prazo. “Eu indeferi e disse que tinha que ser cumprida a decisão”, lembra o juiz. Como a determinação não foi cumprida, o magistrado oficiou a situação à Promotoria do Patrimônio Público e Social da Comarca de Campo Grande. “Não estava sendo cumprida a determinação judicial que ele mesmo tinha pedido. Como é bem público, encaminhei notícia à promotoria”, explica.

No último dia 6, o promotor Alexandre Pinto Capiberibe Saldanha abriu inquérito para “apurar eventuais irregularidades na conduta das procuradoras municipais”.

A decisão judicial foi cumprida neste ano, no dia 20 de fevereiro. A revolta maior das duas famílias que lá estavam é por causa de promessa feita pela Emha (Agência Municipal de Habitação) que não foi cumprida.

No pedido de reintegração de posse consta que a Emha “tem condições de oferecer casa a quem preencher os requisitos”.

Uma das famílias despejadas da área improvisou um lar na Associação de Moradores. Eles ergueram lona e colocaram móveis e roupas entulhados.

A assessoria de imprensa do município ainda não respondeu à solicitação sobre o caso.

Nos siga no Google Notícias