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Capital

MS ocupa 7ª posição no ranking nacional de mortes por acidente

Lúcio Borges | 21/05/2015 19:37
Estado, mesmo na 7ª posição, tem um índice de óbitos, bem mais alto que a média nacional. (Foto: divulgação)
Estado, mesmo na 7ª posição, tem um índice de óbitos, bem mais alto que a média nacional. (Foto: divulgação)

Mato Grosso do Sul gastou R$ 1,2 milhão com internações pelo SUS (Sistema Único de Saúde) de motociclistas vítimas de acidentes em 2014, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quinta-feira (21). O Estado ocupa a 7ª posição nacional em mortes por acidente envolvendo esse tipo de veículo, com a taxa de mortalidade marcando 11,3 óbitos para cada 100 mil habitantes em MS. Nos últimos seis anos, os acidentes com motos foram responsáveis pelo crescimento de 115% das internações hospitalares no SUS estadual. Diante desse cenário, que também é grave em todo o país, o Ministério da Saúde está propondo ações intersetoriais, que deverão envolver todas as esferas de Governo, em uma política específica de prevenção aos acidentes com motos.

O Estado, mesmo na sétima posição, tem um índice de óbitos, bem mais alto que a média nacional. No Brasil, o índice é de 6,3 mortes ante os 11,3 de MS por 100 mil habitantes. A cada ano, cerca de 45 mil pessoas perdem suas vidas em acidentes de trânsito no país. A violência envolvendo particularmente motociclistas está se tornando uma epidemia no país. Em território estadual foram 1.141 internações no ano passado, representando o gasto de mais de 1 milhão.

Em 2013, os acidentes com motos resultaram em 12.040 mortes, em todo país, o que corresponde a 28% dos mortos no transporte terrestre. No Mato Grosso do Sul, foram 268 mortes em 2013. Entre 2002 e 2012, este número cresceu 258,4%, de acordo com dados preliminares do Ministério da Saúde. Somente nos últimos seis anos, as internações hospitalares no SUS envolvendo motociclistas tiveram um crescimento de 115% e o custo com o atendimento a esses pacientes de 170,8%.

O perfil das vítimas, segundo o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA 2011), que traça o perfil das vítimas de violências e acidentes atendidas em serviços de urgência e emergência do SUS em capitais brasileiras, 78,76% das vítimas de acidente de transporte terrestre envolvendo motociclista são homens, na faixa etária de 20 a 39 anos. Entre os motociclistas ouvidos, 19,6% informaram o uso de bebida alcoólica antes do acidente e 19,7% estavam sem capacete.

Ações

Nesta semana, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, apresentou algumas das iniciativas em discussão durante a 68ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra. “Não dá mais para não agir na dimensão preventiva dos acidentes com motos. É preciso propor novas medidas e elevar essa discussão a um problema de saúde pública. Algumas propostas em estudo são a obrigatoriedade de apresentação da habilitação no momento da compra da moto, por exemplo, e a possibilidade de financiamento do capacete como um EPI (Equipamento de Proteção Individual), possibilitando a venda do item de segurança junto do veículo”, exemplificou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

“Os acidentes pegam uma faixa etária delicada da população. Para um país que está envelhecendo, essas pessoas impactam muito, já que estão em sua idade produtiva. Esses acidentes interferem no sistema de saúde, na previdência, no trabalho e, principalmente, na vida pessoal do indivíduo”, completou o ministro.

Números em elevação

Segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 4.292 mortes de motociclistas em 2003, número 280% menor do que o registrado 10 anos depois, em 2013, marcando os 12.040 vitimados. Parte do aumento de acidentes envolvendo motos se deve ao crescimento vertiginoso da frota no país. Entre 2003 e 2013, o número de motocicletas aumentou 247,1%, enquanto a população teve um crescimento de 11%.

De 2008 a 2013, o número de internações devido a acidentes de transporte terrestre aumentou 72,4%. Considerando apenas os acidentes envolvendo motociclistas, o índice chega a 115%. Em 2013, o SUS registrou 170.805 internações por acidentes de trânsito e R$ 231 milhões foram gastos no atendimento às vitimas. Desse total, 88.682 foram decorrentes de motos, o que gerou um custo ao SUS de R$ 114 milhões – crescimento de 170,8% em relação a 2008.

Todos os valores não incluem custos com reabilitação, medicação e o impacto em outras áreas da saúde. (Com informações MS).

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