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Capital

Mulher relata como bandidos chegaram e roubaram carro no Jardim Imá

Renan Nucci | 03/12/2014 10:00

Quando Kelly Cacemiro Ferreira, 31 anos, estacionava em frente à residência na noite de ontem (02), no Jardim Imá, em Campo Grande, ela não imaginava que um veículo que aproximava estava ocupado por dois assaltantes. Ela foi rendida pelos bandidos armados e teve seu Ford Ka preto, placas HTI 1380, roubado. A ação durou poucos segundos, mas tempo suficiente para deixá-la apavorada.

A vítima enviou espontaneamente ao Campo Grande News um relato desta experiência vivida por ela pela primeira vez, mas que dificilmente será esquecida. Os fatos tiveram início por volta das 20h30. Kelly contou que chegava à sua residência na Rua Belo Horizonte, quando desceu do carro, abriu o portão e viu um automóvel se aproximando lentamente pela Rua Guanabara. “Não desconfiei da ação”, disse.

Sem imaginar o que estava prestes a acontecer, ela voltou para o carro, estacionou dentro da garagem e quando se preparava para fechar o portão, foi surpreendida por dois bandidos, ambos com portando arma de fogo. Eles eram morenos, magros e de estatura mediana, sendo quem um tinha aparência jovem, igual a um adolescente. “Na hora, até pensei que eles assaltariam minha casa, no entanto, eles diziam que queriam apenas o carro”.

Kelly afirmou que ergueu as mãos fazendo sinal de que não iria reagir, e aos poucos foi se afastando. Os bandidos entraram no Ford Ka dela e o que estava de passageiro passou a questioná-la se estava sozinha. “Achei melhor responder que sim, mas na verdade, minha mãe estava dentro da casa. Na hora respondi positivamente para protegê-la e com receio de ele, ao saber que tinha alguém na casa, descer do carro e fazer alguma maldade”.

Sem jamais ter sofrido algum tipo de violência, a mulher se surpreendeu com a calma dos assaltantes. “Eles não gritaram, não fizeram alvoroço e não pediram dinheiro. No momento estava com uma corrente de ouro, mas eles não puxaram. Acredito que queriam só o carro para fazer outros roubos pela cidade [...] A calma deles foi tamanha que minha mãe que estava no corredor da sala não ouviu a conversa”.

Dentro do Ka estava o celular e documentos da vítima. Após o susto, ela correu desesperada para dentro da casa. “Saí correndo em direção à porta da cozinha, gritando e dando socos na porta para minha mãe destrancar a mesma. Ela não percebeu a ação, graças a Deus! Acredito que se ela estivesse percebido e saído para me defender, com certeza estaríamos mortas”, completou a vítima.

Casos como o de Kelly têm se tornado frequentes na Capital. Só no mês passado, conforme dados da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), foram registrados 503 roubos. Na segunda-feira (01), uma família foi rendida e amarrada por bandidos no Jardim São Lourenço, e teve diversos pertences tomados, entre eles um automóvel Volkswagen Fox. Diante de tanta insegurança, Kelly ainda fez um desabafo:

“Eu não sou rica, moro num bairro comum, batalho todos os dias para conquistar os meus sonhos e meus objetivos, como a maioria das pessoas de bem, e vêm esses criminosos, vagabundos, infelizes, drogados e sem Deus na vida, e deixam as pessoas completamente sem ação e vulneráveis”.

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