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Capital

Mulher sofre acidente em ônibus e espera 1 hora por socorro do Samu

Aliny Mary Dias | 16/01/2014 10:38
Marli ficou no assoalho do ônibus aguardando o atendimento (Foto: Marcos Ermínio)
Marli ficou no assoalho do ônibus aguardando o atendimento (Foto: Marcos Ermínio)

A quinta-feira da auxiliar de serviços gerais, Marli Oliveira Nunes, 56 anos, começou como qualquer outra, mas, a caminho do trabalho, um acidente em um ônibus do transporte coletivo da Capital fez com que o dia ficasse marcado na memória da mulher.

Tudo começou com um tombo. Marli estava a bordo da linha 072 que faz o itinerário Terminal Morenão e Terminal Nova Bahia. Ela é moradora da avenida Marquês de Herval e entrou no ônibus às 7h50.

Dez minutos depois, após o ônibus passar em velocidade por um quebra-molas e frear bruscamente, Marli caiu. Ela se desequilibrou e ficou imóvel depois da queda. Os passageiros que lotavam o ônibus avisaram o motorista que prontamente atendeu a mulher.

Foi às 8 horas em ponto que começou a saga da Marli por um atendimento médico. Os passageiros ligaram para o Corpo de Bombeiros e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que informaram que o transporte chegaria em breve.

A família de Marli também foi avisada e em poucos minutos o marido e o filho Jean Nunes Costa, 24, estavam ao lado da mãe. Marli sentia dores no pescoço, nas costas e não conseguia se mexer.

Depois de 1 hora, mulher foi socorrida pelo Samu (Foto: Marcos Ermínio)
Depois de 1 hora, mulher foi socorrida pelo Samu (Foto: Marcos Ermínio)

Depois de 15 minutos à espera de uma ambulância, Jean fez a primeira das outras cinco ligações que faria no intervalo de 1 hora. A justificativa das centrais do Samu e dos Bombeiros era as mesmas. “Eles só me falam que não tem ambulância disponível. O pessoal do Samu chegou a falar que estava na região, mas foram socorrer uma ocorrência mais grave e depois viriam para cá”, conta.

Revoltado com a demora, o motorista, que não quis se identificar, ligava a todo momento em busca de ajuda. O marido de Marli queria levar a mulher, que chorava de dor, por meios próprios até o posto de saúde, que fica a uma quadra do local onde o ônibus estava.

A orientação, no entanto, era de que a auxiliar de serviços gerais não poderia se mexer. O forte calor e o assoalho quente do ônibus fizeram com que o marido usasse um guarda-chuva para proteger Marli do sol. E assim foi até que 1 hora depois, 65 minutos, mais precisamente, uma ambulância do Samu chegou para socorrer a vítima.

Marli gritou com forte dores na coluna ao ser colocada na prancha de socorro e foi levada pelos socorristas até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Coronel Antonino.

A reportagem, que acompanhou a angústia de Marli e da família, tentou contato com a central do Samu a respeito da demora, mas as ligações não foram atendidas. O Corpo de Bombeiros informou que não havia viatura na área, mas que o primeiro endereço repassado pelos passageiros estava errado.

Depois de alguns minutos, a central do Samu assumiu a ocorrência e o atendimento dos Bombeiros foi cancelado.

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