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Capital

Mulheres apontadas como aliciadoras em rede de prostituição são presas

Fernanda Mathias e Mara Riveiros | 05/07/2016 08:49
Mônica Matos é apontada como uma das aliciadoras de adolescentes em rede de prostituição para extorquir políticos e empresários da Capital (Foto: Marina Pacheco)
Mônica Matos é apontada como uma das aliciadoras de adolescentes em rede de prostituição para extorquir políticos e empresários da Capital (Foto: Marina Pacheco)

Policiais da DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) prenderam na manhã desta terça-feira (5) Mônica Matos de Souza, 37 anos, e Jorsiane Soares Correia, 26 anos, apontadas como aliciadoras de rede de prostituição que usava adolescentes para manter relações sexuais e extorquir políticos e empresários em Campo Grande. As duas foram presas na região das Moreninhas e estão sendo ouvidas.

Segundo o delegado titular da DPCA, Paulo Sérgio Lauretto, o mandado é para prisão preventiva e pode ser convertido em regime de prisão domiciliar. As prisões ocorrem no contexto da “Operação Anilhas”, deflagrada há um mês, com foco no cumprimento de mandados de prisão relacionados ao crime de exploração sexual. O nome da operação faz referência a “cartas marcadas” já que anilhas são usadas em determinados pássaros monitorados.

Além de Mônica e Jorsiane, Rosedélia Alves Soares, 41 anos, mãe de Jorsiane, consta na lista de réus de processo que está em fase de recurso no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e seria a mentora dos aliciamentos. Ela é considerada foragida. Mônica é madrinha do neto de Rosedélia.

Acusado de ser mentor do esquema, Fabiano Otero foi condenado a 11 anos e 11 meses de prisão e recorreu da sentença. Também foi denunciado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) o empresário José Carlos Lopes, acusado de estupro de vulnerável, por ter supostamente mantido relação sexual com menor de 14 anos, agenciada pelas três mulheres.

O processo é o desdobramento de um outro caso que começou a ser investigado pela DPCA em 2015, a partir do registro de ocorrência de desaparecimento de uma adolescente de Coxim. No meio da investigação a polícia foi procurada pelo ex-vereador Alceu Bueno, que denunciou estar sendo extorquido depois de se envolver sexualmente com adolescentes que faziam programas.

A tentativa de extorsão foi confirmada e a partir da prisão dos acusados, o ex-vereador Robson Martins e o empresário Luciano Pageu, as investigações seguiram para a descoberta de uma rede de exploração sexual de menores e adolescentes, idealizada por Fabiano Otero. O caso foi assumido pelo Gaeco e ganhou repercussão nacional, por causa do envolvimento de políticos com a rede de exploração sexual.

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