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Capital

Municípios de pequeno porte devem ganhar equipe para ajudar no combater a dengue

Flávia Lima | 03/12/2015 14:56
Capacitações estão sendo feitas pela SES para agentes de saúde que atuam no combate a dengue. (Foto:Divulgação)
Capacitações estão sendo feitas pela SES para agentes de saúde que atuam no combate a dengue. (Foto:Divulgação)

A SES (Secretaria Estadual de Saúde) deve montar uma equipe a partir de contratações emergenciais para ajudar no combate a dengue em municípios que dispõem de recursos financeiros escassos e com população que não ultrapasse os 4 mil habitantes.

A informação é do coordenador estadual de controle de vetores, Mauro Lucio Rosa, que ressaltou a necessidade de ajudar as cidades de pequeno porte, que encontram dificuldades financeiras em arcar com as despesas no combate e prevenção da doença.

“Não temos condições de atender os municípios maiores, mas após atender as cidades prioritárias, podemos atender os outros também”, diz.

Apesar de ainda não ter dados fechados, ele diz que a secretaria estuda a contratação de 50 a 100 pessoas, que também irão atuar em campanhas educativas e nas visitas domiciliares. “É uma ação emergencial devido ao aumento de notificações”, diz.

Segundo dados do boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (2), já são 34.479 casos suspeitos de dengue em Mato Grosso do Sul desde janeiro. Só no período de 22 a 28 de novembro foram 686 notificações em todo o Estado.

Apesar de cidades como Iguatemi, Selvíria, Sonora e Itaquiraí ainda configurarem entre as primeiras colocadas no índice de infestação, Mauro Lúcio diz que também é crescente o número de casos sob investigação nas cidades de Aquidauana, Anastácio, Coxim e Bonito, o que já poderia configurar uma epidemia, assim como já enfrenta a Capital.

“Os números ainda não são oficiais, mas observamos um aumento de casos devido as crescentes notificações”, ressalta.

Paralelo as ações emergenciais, a coordenadoria estadual vem acompanhando as atividades de prevenção nos 79 municípios e lançou, no mês passado, uma campanha educativa para reforçar combate através de material pedagógico, entregue em escolas e casas visitadas no interior.

Mauro Lúcio também destaca o acionamento de um comitê estadual contra a dengue, que teria a participação de órgãos públicos e entidades que atuariam com ideias de combate, como mutirões, mas principalmente no campo educativo.

O coordenador acredita que as ações tiveram início em tempo hábil, mas como alguns municípios alegam falta de recursos humanos e financeiros, a epidemia acaba ficando iminente. Ele diz que o governo estadual deve contribuir enviando equipamentos, como bombas motorizadas e para o fumacê.

“Hoje a ideia é convidar essas pessoas e mostrar o cenário atual da doença no Estado, buscando uma sensibilização”, explica.

Caravana – A dengue também tem foi o tema principal da Caravana da Saúde, que iniciou nesta quarta-feira (3) o cronograma de capacitações para profissionais de saúde que atuam na área de Vigilância em Saúde dos municípios que compõem a microrregião de Naviraí.

Um dos assuntos mais debatidos foi o Zika Vírus e o Chikungunya, também transmitidos pelo mosquito Aedes Aegipty De acordo com técnicos da SES as capacitações oferecem aos profissionais de saúde uma oportunidade de se atualizarem em relação ao quadro epidemiológico e disponibilizam informações para que o paciente tenha um suporte completo em seu tratamento, assim como os trabalhos relacionados ao combate aos vetores que transmitem a doença.

“Nosso objetivo é tirar as dúvidas dos profissionais e esclarecer alguns pontos sobre as doenças mais debatidas de acordo com a nossa região. Queremos compartilhar as informações para que a capacitação alcance o maior numero de pessoas, auxiliando no combate ao vetor e também na assistência ao paciente”, enfatiza a enfermeira Lívia Mello, gerente técnica de doenças endêmicas da SES.

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