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Capital

Na Santa Casa, pacientes de plano de saúde e SUS dividem mesma fila

Aline dos Santos e Ítalo Milhomem | 27/05/2011 10:09
Luiz Alberto Kanamura, diretor clínico da Santa Casa.
Luiz Alberto Kanamura, diretor clínico da Santa Casa.

A superlotação na Santa Casa de Campo Grande, que penaliza os pacientes atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), também afeta quem paga plano de saúde.

À noite, quando as clínicas particulares conveniadas fecham as portas, o Prontomed – setor que atende convênios e particulares na Santa Casa - aparece como única opção em casos de acidentes e traumas.

Neste cenário, tanto pacientes do SUS, que dão entrada pelo Pronto Socorro, quanto usuários do plano de saúde entram na mesma fila por atendimento. “Se o Pronto Socorro estiver lotado, prejudica o Prontomed”, admite o diretor clínico Luiz Alberto Kanamura. Ele afirma que o critério de seleção para o atendimento é a gravidade do caso. “Quem estiver pior é atendido primeiro. Não importa se convênio ou SUS”.

Em caso de superlotação, que ocorre geralmente aos fins de semana, quando a mistura de álcool e excesso de velocidade faz explodir os números de acidente de trânsito, pacientes do SUS são levados para o Prontomed.

Reclamações dos usuários dos planos de saúde chegam ao Siems (Sindicato dos Trabalhadores na área de Enfermagem). “A família de uma paciente que deu entrada pelo Prontomed reclamou que demorou dois dias para ela ser encaminhada ao centro cirúrgico”, relata a presidente do sindicato, Helena Delgado. Neste dia, cinco salas do centro cirúrgico foram transformadas em CTI (Centro de Terapia Intensiva).

Filé – A presidente do Siems compara que a rede particular fica com o “filé mignon” dos traumas, como luxaçã e entorse. E suspendem o atendimento no período noturno, quando há maior incidência de acidentes de trânsito. Um atendimento mais complexo e que exige mais estrutura e recursos por parte da unidade que recebe o paciente.

A reportagem do Campo Grande News ligou para diversas clínicas para saber como funciona o atendimento à noite aos usuários de plano de saúde. No hospital Miguel Couto, da Unimed, somente clínico geral atende 24 horas.

Na Orthos, o atendimento com ortopedista vai até as 19h. Depois, a orientação é procurar o Proncor da Maracaju ou o Prontomed.

No Proncor, o atendimento de ortopedia termina a meia noite e retorna às 7h do dia seguinte. Na Ortotrauma, um médico fica de sobreaviso até 21h.

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