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Capital

Na Vila Popular, madrugada foi de sufoco por conta da chuva

Jorge Almoas e Fabiano Arruda | 05/02/2011 09:18
Morador carregas roupas molhadas e deixa cama e fogão para “secar” na calçada (Foto: João Garrigó)
Morador carregas roupas molhadas e deixa cama e fogão para “secar” na calçada (Foto: João Garrigó)

Por volta das 4 da manhã deste sábado, as famílias que moram na Rua Rádio Maia, na Vila Popular, em Campo Grande, não puderam aproveitar o sono do final de semana. A chuva forte que atingiu a região da saída para Aquidauana despertou os moradores, que correram para tentar salvar móveis, roupas e alimentos que eram levados pela chuva.

De acordo com informações da Estação Meteorológica da Base Aérea de Campo Grande, a região do Aeroporto Internacional teve chuva de 60 milímetros na madrugada. Os eventos alcançaram 25 quilômetros por hora às 2 da manhã.

A rua Rádio Maia fica próxima ao pontilhão da Avenida Duque de Caxias e está na margem do córrego Imbirussu. Quando a precipitação é mais intensa, o cenário de sufoco se repete.

“Já conheço essa história e achei que as obras do Complexo Imbirussu iriam melhorar. Mas continua tudo igual. Não vejo a hora de sair daqui”, desabafa Marinalva Ferreira, de 44 anos.

A dona de casa perdeu dois sofás na madrugada, que por estarem encharcados, não tem salvação. A geladeira de Marinalva estava “secando” em cima de uma mesa. A moradora não sabia se o eletrodoméstico vai voltar a funcionar.

Enquanto muitas famílias escolhem o sábado para realizar a faxina da casa, a realidade de Cleidina Santos, 35 anos, era outra. A água suja e o barro dominavam a residência da mulher, que mora com o marido e dois filhos.

A família mora no local há pouco mais de um ano e estava “estreando” no problema da chuva. “Nunca vi coisa do tipo”, declara Cleidina. A moradora perdeu mantimentos, carne, roupas e móveis. Ainda pagando a máquina de lavar, Cleidina não sabe dizer se vai conseguir utilizar o eletrodoméstico novamente.

“Quando a chuva começou mais forte na madrugada, tratei de tirar meu filho daqui”, conta Vicente Alves, de 25 anos, que trabalha no frigorífico e mora na Rua Rádio Maia com a esposa e um filho de um ano e seis meses. Ele levou o filho para a casa de uma tia.

Com uma bacia, Vicente carregava todas as roupas da família, que estavam encharcadas e sujas. “Vou passar um tempo com a família, porque aqui tá complicado”, fala o morador.

Na calçada da casa de Vicente, a armação da cama tentava secar com o sol deste sábado. Ontem, o funcionário do frigorífico recebeu uma cesta de alimentos do serviço, mas que se perdeu por conta da chuva.

“A água chegou na minha cintura”, complementa Vicente, dando noção do desespero enfrentado na madrugada. O morador calcula que perdeu R$ 200,00 em mantimentos.

Outros bairros mais afetados pela chuva foram Santo Antonio, Serradinho e Santo Amaro.

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