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Capital

Na volta às aulas, crianças lembram do susto e aprovam cardápio da merenda

Aline dos Santos | 03/10/2011 12:49

Na quinta-feira, 180 crianças passarem mal com sintomas de intoxicação alimentar

Amigos estavam com receio, mas logo aprovaram a comida servida no almoço. (Foto: João Garrigó)
Amigos estavam com receio, mas logo aprovaram a comida servida no almoço. (Foto: João Garrigó)

Arroz branco, feijão, carne e salada. O cardápio que faz sucesso no prato do brasileiro foi o escolhido na volta às aulas da escola tempo integral Iracema Maria Vicente, que estava fechada desde quinta-feira, após 180 crianças passarem mal com sintomas de intoxicação alimentar.

No retorno, além do café da manhã com leite e biscoito, os alunos participaram de uma roda de conversa sobre o ocorrido na escola. “Na acolhida, eles conversaram, para que nada fique mal resolvido. Se para nós foi chocante, pense no imaginário infantil”, afirma a secretária municipal de Educação, Maria Cecília Amêndola da Motta.

Até a divulgação dos laudos, salsicha e ovo estão fora da merenda escolar. A secretária frisa que a suspensão é temporária, porque as crianças “amam” os alimentos vetados.

O prefeito Nelsinho Trad (PMDB) compartilhou o cardápio com as crianças. “Reabrimos de coração aberto. A comunidade deve ter certeza de que tudo será esclarecido. É um retorno com força total” afirma o prefeito.

Os amigos Marcos, Drielly e Beatriz contam que estavam com saudade da escola. Informados, eles comentam as reportagens sobre a intoxicação e tentam descobrir que alimento teria feito mal.

Diante do prato, Drielly afirma que chegou a ficar com medo de comer na escola, mas logo deu as primeiras garfadas e aprovou a comida. “Tá gostoso”, comenta a menina, após comer arroz, feijão, carne ao molho e salada de tomate e acelga.

Marcos, de 7 anos, comeu três vezes no almoço de quinta-feira, quando os alunos passaram mal. “Sentia muita dor na barriga, mas não cheguei a vomitar”, lembra. O menino conta que ficou assustado e chegou a chorar com medo de a irmã, que estuda na escola, também ter passado mal. Refeito do susto, ele voltou ao apetite de antes.

Segundo Trad, os fornecedores também serão investigados. Ele descarta mudanças no fornecimento da merenda, afirmando que precisa saber o que de fato aconteceu. A compra para atender as escolas é feita de 20 em 20 dias. Para Trad, alimentos como salsicha e ovo devem ficar de fora da merenda nos dias mais quentes.

Prefeito almoçou com alunos na volta às aulas. (Foto: João Garrigó)
Prefeito almoçou com alunos na volta às aulas. (Foto: João Garrigó)

Ainda conforme o prefeito, o concurso público em fase de elaboração terá vagas para nutricionistas. “Essas crises e dificuldades são parceiras e parteiras de novas soluções”, salienta.

Durante o almoço, Trad voltou a afirma que vai sancionar o projeto da merenda saudável, aprovado na Câmara Municipal.

Na rede municipal de ensino, são oferecidas cem mil refeições por dia. Na escola de tempo integral do bairro Rita Vieira, são duas mil refeições diárias. Modelo, o colégio tem 557 alunos, de 6 a 11 anos, e funciona em tempo integral.

Além de encaminhar água e alimentos para análise, a prefeitura registrou boletim de ocorrência na Depac/Centro (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) para investigar crime de “falsificação, corrupção, adulteração de substância ou produtos alimentícios”.

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