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Capital

No dia mais frio do ano, moradores de rua buscam formas de se aquecer

Alan Diógenes | 25/07/2014 19:41
Rafael dorme na cobertura de um bar próximo ao Mercadão Municipal. (Foto: Marcelo Victor)
Rafael dorme na cobertura de um bar próximo ao Mercadão Municipal. (Foto: Marcelo Victor)

Moradores de ruas enfrentaram dificuldade para suportar o frio nesta sexta-feira (25), considerado o dia mais gelado do ano pelos meteorologistas, em Campo Grande. Com sensação térmica de -1°C, por volta das 7h de hoje, eles tiveram que encontrar uma maneira de se esconder do frio que incomodava todos que passavam pelas ruas da cidade.

Alguns improvisaram usando papelões para cobrir o chão gelado e usaram cobertas doadas por pessoas caridosas. Morando há alguns anos na rua, Rafael Souza Pereira dos Santos, dorme debaixo da cobertura de um bar próximo ao Mercadão Municipal, onde segundo ele, durante a madrugada fica um grupo de aproximadamente 40 moradores de rua. “A gente dá um jeito. O negócio é pegar uns cobertores velhos que já tenho e juntar com os outros que ganhei de almas caridosas que passaram por aqui”, comentou.

Apesar de encontrar uma solução para fugir do frio, o morador de rua falou que o local é muito perigoso durante a noite. Rafael disse que se tivesse um lugar sairia de onde está. “Só não saio daqui, por que não tenho para onde ir. Não quero ficar no meio de malandragem. Aqui dá tudo; é gente drogada; é ladrão; é um esfaqueando o outro. Não aguento mais”, desabafou.

Ele pede que a prefeitura ou até mesmo a população ajude ele e os colegas, que fez na rua, com cobertores e alimentação, principalmente nestes dias de frio. “Sempre recebo doações de pessoas que tem mais condições que eu. Eles enxergam minha situação e acabam trazendo comida e cobertores. Por esses dias, ninguém apareceu”, salientou.

Rodrigo Ferreira, 26 anos, também passa por situação semelhante durante esse frio. Apesar de ter um barraco, onde se protege, ele acredita que o governo deveria conseguir moradia adequada e melhores condições para as pessoas carentes. “Apesar de como vivo, também sou cidadão. Os políticos tinham que encontrar uma maneira de tirar a gente dessa vida”, finalizou.

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