ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 22º

Capital

No Noroeste, para falar ao celular tem de ir à esquina e internet boa é lenda

Elverson Cardozo | 09/07/2013 08:08
Se quiser falar ao celular, moradora precisa sair na frente de casa e caminhar até a esquina. (Foto: Cleber Gellio)
Se quiser falar ao celular, moradora precisa sair na frente de casa e caminhar até a esquina. (Foto: Cleber Gellio)
"O serviço aqui nunca funcionou, mas depois que arrancaram a torre piorou”. (Foto: Cleber Gellio)
"O serviço aqui nunca funcionou, mas depois que arrancaram a torre piorou”. (Foto: Cleber Gellio)

Moradores do Jardim Noroeste, em Campo Grande, continuam a reclamar do sinal de internet e telefone celular que chega ao bairro. Quem mora na localidade se queixa da lentidão, oscilação, e quase sempre, da ausência completa dos serviços que, segundo relatos, nunca foi dos melhores.

A situação é tão crítica que, em alguns pontos, os moradores, quando precisam falar ao celular, saem das residências, atravessam a rua ou vão até a esquina mais próxima para conseguir, pelo menos, um sinal razoável.

Dona de casa, Maria Frey de Oliveira, de 48 anos, enfrenta esse problema todos os dias. “O serviço aqui nunca funcionou, mas depois que arrancaram a torre piorou”, disse, se referindo à decisão da Vivo, de retirar a antena que ficava nas proximidades do Presídio de Segurança Máxima, em outubro do ano passado, após determinação da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública).

A medida, segundo divulgou a empresa à época, foi tomada para evitar que os detentos realizem ligações de dento da penitenciária.

O esposo de Maria, o técnico de eletrônica Carlos Alberto de Oliveira, de 48 anos, argumenta que, se a intenção era solucionar esse tipo de problema, pelo visto a ação não foi bem sucedida. “Resolveu e não, porque os caras continuam ligando. Complicou a situação para gente”, disse, ao comentar que a falta de sinal é praticamente generalizada e abrange todas as operadoras.

“Quando o celular toca você tem que pegar ele e sair correndo”, relatou, brincando, mas sem deixar de falar a verdade. É o jeito.

Internet capenga – Ele também reclama da internet. Há 2 meses, contratou 5 mega da Oi, mas até hoje não viu sinal da velocidade que, nas palavras dele, mais parece discada.

Técnico de eletrônica, Carlos Alberto contratou 5 mega, mas diz que a internet parece discada de tão ruim. (Foto: Cleber Gellio)
Técnico de eletrônica, Carlos Alberto contratou 5 mega, mas diz que a internet parece discada de tão ruim. (Foto: Cleber Gellio)

Para baixar uma música, por exemplo, o técnico precisa ter paciência de esperar uma manhã inteira. O pior de tudo isso é que o serviço, para ele, não é barato. Daqui há um mês, a mensalidade, que atualmente custa R$ 59,90, chegará a mais de R$ 100,00.

Proprietária de um Cyber, Rafaela Joaquina Muniz, de 27 anos, protesta pelo mesmo motivo. No estabelecimento dela, os 10 mega prometido pela Oi geralmente não chega.

E a velocidade, para piorar, precisa ser compartilhada com as 15 máquinas que tem no estabelecimento. “Funciona, mas é lenta. Tem hora que o cliente reclama. Você abre o Face, mas não consegue ver as fotos”, contou.

Reclamar, pelo visto, não adianta muita coisa. Quando consegue falar na Central de Relacionamento com o Cliente, ela ouve a mesma história: “estamos melhorando nossos serviços”. “Já tive problemas que teve vir técnico aqui. Fui obrigada a fechar as portas porque trabalho com isso”, relembrou.

Na tentativa de encontrar uma solução para os problemas, já que as empresas e o poder público não tomam providências, muitos moradores recorrem à internet 3G, mas se ela não pega bem nem no centro, que dirá no bairro.

“No notebook é bem fraco. Você tem que ficar andando de um lado para o outro para encontrar o sinal”, disse a vendedora Franciele Pimenta Ozório, de 27 anos. O irmão, ela contou, também passa raiva. No caso dele, nem a internet via rádio está resolvendo.

A reportagem do Campo Grande News procurou a assessoria de imprensa da Oi, mas não conseguiu contato.

Nos siga no Google Notícias