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Capital

Nos bairros onde obras não chegam, rotina inclui conviver com buracos

Christiane Reis | 21/02/2017 07:34
Um dos buracos da Rua Antônio Veloso. Motoristas precisam passar bem próximo ao meio-fio para desviar. (Foto: Christiane Reis)
Um dos buracos da Rua Antônio Veloso. Motoristas precisam passar bem próximo ao meio-fio para desviar. (Foto: Christiane Reis)

Carros quebram, ônibus passam com dificuldade. Esse é o relato de moradores da Rua Sargento Hércules Santos de Campos, no Bairro Coophasul. A via está com buracos ao longo de toda a extensão, contudo é na esquina com a Cotegipe – a principal do bairro – que a situação fica mais complicada.

“Aqui não vem tapa-buraco, quando chove a situação piora muito. A rua está toda esburacada. Nos sentimos esquecidos. É dureza”, desabafa o aposentado Divaldo Lago, 72 anos. A convivência diária com buracos é realidade há meses para os campo-grandenses, mas a agonia de quem não tem nem esperança da chegada do tapa-buraco, é um pouco pior.

Como na Rua Antônio Veloso, quase na esquina com a Divinópolis, também no Coophasul, onde a situação é ainda mais delicada. O buraco, que segundo moradores, começou pequeno, agora já avançou bastante. “Aqui passa ônibus de empresas que levam trabalhadores, além de muito caminhão. Em alguns horários fica bem tumultuado, porque os motoristas devem dar a vez um ao outro para não caírem no buraco”, contou a dona de casa Tamara Tanaka, 27 anos. A rua está toda tomada por pequenas crateras. 

Mais buracos na Rua Antônio Veloso. (Foto: Christiane Reis)
Mais buracos na Rua Antônio Veloso. (Foto: Christiane Reis)
Mais buracos na Rua Sargento Hércules Santos de Campos, esquina com a Cotegipe. (Foto: Christiane Reis)
Mais buracos na Rua Sargento Hércules Santos de Campos, esquina com a Cotegipe. (Foto: Christiane Reis)

O vizinho dela, Mário Márcio de Souza, 29 anos, que é fiscal de loja, disse que não apesar de causar tumultos em alguns horários, os motoristas conseguem desviar do buraco e que não se recorda de acidentes.

“Para mim o que mais incomoda é barulho, porque quem já conhece já sabe que existe o buraco, agora quem não conhece acaba freando em cima e isso faz muito barulho. Outro complicador é quando chove, porque realmente fica impossível de enxergar”, disse.

Recorrente - Do outro lado da cidade, o cenário não é muito diferente. No Jardim Morumbi, um buraco surgiu bem no cruzamento das Ruas Vasco da Gama com a Spipe Calarge e bem no momento em que o marceneiro José Carlos de Lima, 31 anos passava pelo local.

“Levei um susto, achei que a roda tivesse caído e quando vi, o asfalto tinha cedido”, contou o marceneiro. O caso ocorreu no sábado, por volta das 10h30, quando ele segui pela Vasco da Gama e foi fazer a conversão na Spipe Calarge. “As ruas do bairro que têm asfalto não estão com muitos buracos, e esse surgiu desse jeito”, completou.

José Carlos enviou, por meio do canal Direto das Ruas, a imagem registrada no dia do incidente. “Hoje levei o carro para o mecânico para fazer o orçamento. Vamos ver quanto vai ficar essa brincadeira”.

O asfalto cedeu quando o motorista passava pela Rua Vasco da Gama com Spipe Calarge. (Foto: Direto das Ruas)
O asfalto cedeu quando o motorista passava pela Rua Vasco da Gama com Spipe Calarge. (Foto: Direto das Ruas)
Vizinhos sinalizaram o buraco com galhos e pedaços de madeira. (Foto: Christiane Reis)
Vizinhos sinalizaram o buraco com galhos e pedaços de madeira. (Foto: Christiane Reis)

A prefeitura informou, via assessoria de imprensa, que o serviço de tapa-buraco vai se estender a toda a malha viária pavimentada da Capital. O trabalho é contínuo e todos os pontos crítico serão recuperados conforme cronograma de execução do serviço elaborado pela Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos.

Ainda segundo o município, até sexta-feira (17), após 31 dias de efetivo serviço, descontando domingos e dias de chuva, a Prefeitura de Campo Grande já havia tapado 28.922 crateras, que enfileiradas cobririam um trajeto de 14 quilômetros de vias pavimentadas.

Para chegar neste resultado foram investidos R$ 7 milhões, computando, o custo dos serviços das quatro empresas prestadoras de serviço e a aquisição de 8.647,24 toneladas de CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente), por R$ 3 milhões (R$ 358 a tonelada).

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