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Capital

Nova área pública é invadida e “sem-teto” já planejam construções

Os invasores alegam que no entorno há várias invasões, além de nunca terem sido contemplados em programas habitacionais

Nyelder Rodrigues e Helton Verão | 06/02/2013 22:12
Área fica no bairro São Conrado, na esquina da rua Praia Grande com a travessa Lessa (Foto: João Garrigó)
Área fica no bairro São Conrado, na esquina da rua Praia Grande com a travessa Lessa (Foto: João Garrigó)

Mais uma área da Prefeitura de Campo Grande foi invadida na tarde desta quarta-feira (6). Dessa vez, a invasão foi feita no bairro São Conrado, na esquina da travessa Lessa com a rua Praia Grande.

A movimentação no local começou por volta das 14h, e os sem-teto já preparam o terreno em dividiram em 10 lotes de 10x15 metros. Conforme os próprios invasores, a maioria deles mora no próprio bairro São Conrado, e vão começar a construir casas já nesta quinta-feira (7).

Entre eles, está Samir Espíndola, eletricista de 34 anos que foi indicado pelo grupo como líder. Ele conta que está inscrito em programa habitacional da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande) há 10 anos, mas nunca foi contemplado com uma casa.

Samir explica que as áreas ao lado, no decorrer da rua Praia Grande, também foram invadidas há vários anos, e desde então pessoas moram ali, sem enfrentar problemas com polícia ou justiça por causa da invasão.

“Tem gente se aproveitando, gente que nem é do bairro, vendendo, trocando terreno. Nós somos daqui mesmo e queremos apenas morar. Esta mesma área que estamos invadindo, algum tempo atrás, tinha um homem vendendo por R$ 30 mil”, revela Samir.

Caso seja decidida a retirada do grupo do local, Samir afirma que eles também vão reivindicar a retirada dos invasores das demais áreas ao redor. “Se for derrubar, vai ter que derrubar de todo mundo aqui na região”.

Outra pessoa que também invadiu a área alegando buscar um local próprio para morar foi Marinês da Silva, 42 anos. Ela disse morar de favor na região, e que está cadastrada nos programas habitacionais da Prefeitura, mas nunca teve sucesso para conseguir uma casa. “Minha esperança é essa área”, afirma.

Já nas áreas ao lado, o servente Deivid Lisboa, de 23 anos, conta que mora ali há seis anos e nunca foi incomodado por estar invadido ali. Ele diz que a conta de energia e água está no nome da família, e que quando entrou, dividiu o terreno com outras pessoas também entrarem.

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