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Capital

Nova direção quer empréstimo de R$ 70 milhões para Santa Casa

Aline dos Santos | 13/05/2013 11:47
Hospital está sob intervenção desde janeiro de 2005. (Foto: João Garrigó)
Hospital está sob intervenção desde janeiro de 2005. (Foto: João Garrigó)

Prestes a reassumir o comando da Santa Casa após oito anos, a ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) planeja pedir empréstimo de R$ 70 milhões e quer que a conta seja paga pela Prefeitura e governo do Estado, que administram o hospital desde 2005.

“A instituição tem uma dívida de R$ 101 milhões para ser pagar. Do total, R$ 60 milhões, R$ 70 milhões são de curto prazo. Para fazer frente a isso, estamos negociando com município e Estado”, afirma o presidente da ABCG, Wilson Teslenco.

De acordo com ele, a negociação com o poder público está em curso. “Não rejeitaram”, diz. O presidente não informa qual o banco que fará o empréstimo nem o prazo para pagamento do financiamento. Nos cálculos da ABCG, a dívida ainda inclui R$ 46 milhões de ações judiciais.

Conforme Teslenco, o déficit mensal chega a R$ 3,5 milhões. “Para ser bem honesto, precisamos ver como manter o hospital funcionando”, afirma. A Justiça determinou que a ABCG assumisse na próxima sexta-feira.

Na quinta-feira, a partir das 18h30, será realizada uma assembleia para mostrar a situação do hospital aos integrantes da ABCG. Na próxima segunda-feira, às 9h, será realizado um ato para formalizar a troca no comando.

No retorno, a associação vai priorizar a retomada das obras do Hospital de Trauma. A Santa Casa é o maior hospital do Estado e alvo recorrente de denúncias. Somente o MPE (Ministério Público Estadual) tem 11 investigações sobre o hospital.

De acordo com o balanço de 2012, realizado pela Altercont Auditoria e Consultoria, o déficit acumulado cresceu 28%, chegando a R$ 71,9 milhões. No exercício de 2011, o valor era de R$ 56,1 milhões. O déficit corresponde à diferença entre o total arrecadado e as despesas.

Já a dívida no ano passado atingiu R$ 85,6 milhões. Em 2011, balanço da KPMG Auditores Independentes apontou débitos de R$ 84,2 milhões.

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