Nova direção quer responsabilizar Ministério Público por dívida da Santa Casa
A ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), que reassumiu hoje o comando da Santa Casa, após oito anos de intervenção, quer responsabilizar o Ministério Público pelo salto na dívida. Segundo o presidente da associação, Wilson Teslenco, a dívida que era de R$ 34 milhões em 2004 passou para R$ R$ 111 milhões.
“Toda ação de intervenção é do Ministério Público Estadual. Nós entendemos que eles precisam ser responsabilizados, porque fizeram a ação, propuseram a solução e não acompanharam as consequências, o resultado dessa proposta, dessa solução que eles encontraram”, afirma.
A Santa Casa está sob intervenção do poder público desde 13 de janeiro de 2005. Inicialmente, o processo foi administrativo, por meio de decretos da Prefeitura de Campo Grande. Em 2007, a intervenção passou a ser judicial. O pedido ao Poder Judiciário partiu do MPE (Ministério Público Estadual), MPF (Ministério Público Federal) e MPT (Ministério Público do Trabalho).
Conforme Teslenco, uma reunião na próxima semana vai informar o MPE quanto ao cenário contábil encontrado no hospital.
“Vale apena destacar que a direção da ABCG, durante a transição, foi notificadas pelos ministérios públicos federais e do trabalho que é a responsável, a partir do dia 17 de maio, por qualquer problema que houvesse na continuidade de serviço. Não fizemos a divida, nós somos tão vitima dessa situação quanto a própria sociedade”, afirma.
Nesses oitos anos, quatro pessoas responderam pela presidência da Junta Administrativa: Rubens Trombini, Pedro Chave dos Santos Filho, Jorge de Oliveira Martins e Issam Moussa. Agora, o consultor Geraldo Justo vai responder pela administração do hospital.