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Capital

Nove meses depois, reconstituição de morte emociona família no Inferninho

Paula Maciulevicius e Luciana Brazil | 18/09/2012 11:50
Reconstituição é feita a pedido do MPE. Situação deve ser anexada ao inquérito e encaminhada novamente ao Ministério Público. (Foto: Minamar Júnior)
Reconstituição é feita a pedido do MPE. Situação deve ser anexada ao inquérito e encaminhada novamente ao Ministério Público. (Foto: Minamar Júnior)

O marido de Rosilene Melo Rodrigues, 41 anos, que morreu em dezembro do ano passado depois de cair na cachoeira do Inferninho, acompanhou toda reconstituição feita no local na manhã desta terça-feira.

Emocionado, Sílvio Castro Rodrigues, 45 anos, fez o que nunca imaginou, contratou um advogado para se defender do caso em que a Polícia comprovou ter sido acidente.

Hoje estavam presentes além do marido, um casal de amigos que iria fazer o rapel naquele 11 de dezembro, peritos, policiais civis e bombeiros. O caso voltou à Polícia depois que o Ministério Público Estadual solicitou a reconstituição da queda. Rosilene caiu de uma altura de 30m.

Questionado se acreditava que precisava reconstituir o que aconteceu naquele domingo, o marido afirmou que não. “Necessário não é, até porque o delegado já disse, foi um acidente. Você pode imaginar como eu estou”, completou.

O marido relatou que eles e o casal de amigos já tinham combinado de fazer o rapel naquele dia. Antes do acidente, Sílvio e Rosilene não tinham colocado os equipamentos ainda e estavam em cima apenas observando.

O amigo, Adriano Coelho Alaman, 35 anos, que também é bombeiro, disse que sempre que acompanha um grupo no local as pessoas sentem medo quando começam a colocar o equipamento. "Então deixei eles bem à vontade".

Naquele dia, Adriano relatou que deixou o casal em cima e desceu com a esposa, Nilda Pereira Coelho Alaman, 37 anos, que queria tomar banho na cachoeira.

No momento em que a esposa de Adriano tirava os acessórios, já embaixo, viu Rosilene cair.

O casal olhava para cima e via o marido de Rosilene desesperado. Adriano conta que fez sinal para que ele chamasse por socorro, mas Sílvio não conseguia pelo nervosismo. O bombeiro subiu até onde Sílvio estava e chamou uma viatura para o atendimento à mulher.

Adriano prestou os primeiros socorros à Rosilene e pedia para que ela olhasse para ele."Queria que ela mantivesse contato". De acordo com o bombeiro, a vítima só olhava, mas nada dizia.

Adriano subiu de encontro a Silvio para chamar socorro e deu instruções para o marido da vítima, dizendo como ele deveria descer até o local do acidente. Enquanto isso, Rosilene ficou aos cuidados de Nilda, esposa do bombeiro.

“Eu disse o que você fez? E ela respondeu que tinha tropeçado e caído. Ela dizia que não queria morrer lá embaixo, que era para tirar ela de lá”.

O delegado responsável pela investigação, Weber Luciano Dias, afirmou que todos os depoimentos batem e não há versões que contrariem a conclusão que a Polícia chegou, de que a queda foi acidental.

Peritos, bombeiros, inclusive Adriano, desceram com equipamentos de rapel para fazer a reconstituição onde Rosilene caiu. A reconstituição será anexada ao inquérito que tem o prazo de 30 dias para voltar ao Ministério Público.

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