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Capital

'Nunca recebi 10 centavos deles', diz corretor de Olarte ao deixar cadeia

Christiane Reis e Guilherme Henri | 27/09/2016 14:39
Ivamil na porta do Centro de Triagem, em Campo Grande, minutos depois de ser solto, nesta terça-feira (Foto: Guilherme Henri)
Ivamil na porta do Centro de Triagem, em Campo Grande, minutos depois de ser solto, nesta terça-feira (Foto: Guilherme Henri)

O corretor Ivamil Rodrigues, apontado como responsável por ajudar o casal Gilmar e Andreia Olarte em aquisições imobiliárias fraudulentas, deixou o Centro de Triagem na tarde desta terça-feira (27). Ao deixar o local, ele falou com o Campo Grande News e negou participação em esquema de lavagem de dinheiro: “nunca recebi nem 10 centavos do Gilmar Olarte ou de sua esposa, o meu lucro era comissão junto com demais corretores”, declarou.

Ele informou que, das dez vendas de imóveis investigadas na Operação Pecúnia, o nome dele aparece em três. Ivamil disse ainda que pretende provar inocência e espera Justiça e reforçou que era apenas um prestador de serviços, um corretor comissionado como qualquer outro.

Ivamil teve a prisão revogada ontem pela Justiça. A família pagou fiança de R$ 10.560.

O caso – Ivamil Rodrigues foi um dos presos em decorrência da Operação Pecúnia, deflagrada pelo Gaeco ( Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), no dia 15 de agosto. Além dele também foram presos o ex-vice prefeito, Gilmar Olarte, a esposa dele Andreia Olarte e o empresário Evandro Simões Farinelli. Todos tiveram a prisão revogada.

As investigações da operação Pecúnia começaram a partir dos dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de Andréia Olarte e de sua empresa, denominada Casa da Esteticista. Ainda segundo a operação, entre 2014 e 2015, enquanto Olarte ocupava o cargo de prefeito, Andréia adquiriu vários imóveis na Capital. Os bens totalizaram R$ 3,6 milhões, com preferência por imóveis em condomínios de luxo.

Alguns bens ficaram em em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias (dinheiro, transferências bancárias e depósitos). Conforme a investigação, a princípio, os bens são incompatíveis com a renda do casal. A ação foi realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

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