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Capital

OAB questiona por que após receber aviso do Conselho Tutelar mãe não fez nada

Luciana Brazil | 06/11/2012 18:48
Mãe diz que não sabia de agressões. (Foto: Minamar Júnior)
Mãe diz que não sabia de agressões. (Foto: Minamar Júnior)

A Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil do mato Grosso do Sul) pretende analisar o inquérito policial do menino de quatro anos que teria sido vítima de agressão e violência sexual praticada pelo padrasto de 33 anos, em Campo Grande.

Depois que a mãe da criança confessou ter sido chamada pelo Conselho Tutelar em setembro deste ano, quando a escola do menino denunciou que a criança estava com marcas de agressão, a presidente da comissão Maria Claudeth Cardoso Leal decidiu averiguar porque nada foi feito à época.

“Queremos saber como ele se comportava na escola, pois a mãe alega que não sabia das agressões. Porém, ela afirmou que foi chamada pelo Conselho Tutelar, em setembro, após denúncia anônima vinda do colégio sobre marcas de agressões no menino. Na ocasião, ele estava com olho inchado. Temos que saber porque nada foi feito”.

Nesta terça-feira (6), Maria Claudeth esteve durante quatro horas na Santa Casa, onde o menino está internado, e conversou com a vítima, a mãe, a avó e a equipe médica que realizou o atendimento a criança.

Depois da visita, a presidente da comissão afirmou que o estado de saúde da criança é estável e que ele está na enfermaria, pedindo para voltar pra casa. Em até 10 dias a criança receberá alta hospitalar, conforme informou a equipe médica, o que preocupa a comissão da OAB.

“O que vai acontecer com essa criança e para onde ela vai. A mãe diz que não quer mais se encontrar com o companheiro, mas temos que ver se o menino ficará a salvo em casa”, disse a representante da Ordem.

A comissão ainda quer ter acesso aos laudos periciais, já que a Polícia Civil diz que foram realizados os laudos, apesar da Santa Casa não confirmar a informação.

Sobre o relacionamento com o padrasto, a mãe da vítima disse que sabia que o companheiro era ex-usuário e acreditava que ele estivesse “limpo”, por isso, deixava o filho com ele, mesmo com pouco tempo de relação.

A justiça autorizou que a mãe e a avó acompanhassem o menino durante a internação, mas a guarda da crinça ainda não foi definida. O menino deu entrada no hospital no dia 23 de outubro e o padrasto foi preso em 1º de novembro. Ele confessou ter praticado os atos de violência.

 

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