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Capital

Obras e possibilidade de “trenzinho” causam especulações em moradores

Paula Vitorino | 11/07/2011 15:43

Paisagem de trecho da 14 de Julho está mudando com obras da Orla Morena 2

Trecho da 14 de Julho já foi limpo para Orla Morena 2, que preservará trilhos. (Fotos: João Garrigpio)
Trecho da 14 de Julho já foi limpo para Orla Morena 2, que preservará trilhos. (Fotos: João Garrigpio)

A paisagem mudou para quem mora no trecho da avenida Noroeste entre a Euler de Azevedo e a Eça de Queiroz, em Campo Grande. O trilho antes abandonado e coberto por mato, agora está “limpo” e movimentado pela obras no local, que começaram há cerca de um mês.

Mas entre os moradores, as obras da Orla Morena 2 causam especulações sobre como ficará o espaço, já que a maioria não sabe do que se trata os trabalhos no local. Os palpites sobre o projeto são variados, mas os boatos – como chamam as informações repassadas de boca em boca– de um “trenzinho” passando pelo local e da construção de um calçadão são os campeões.

Para Maria Aparecida de Souza, de 58 anos, o que será feito na via é um mistério, mas ela ouviu dizer que um bondinho deve passar pelos trilhos. Já o vendedor Jesus Marcos dos Reis, de 60 anos, explica que passará um “trenzinho” turístico pelo local, mas que ainda não tem trajeto certo.

“Vai virar uma Orla Morena aí. Se isso acontecer vai ficar muito bom. Uma maravilha sumir a bandidagem”, diz.

Ele lembra que o local antes era ponto de “bandidagem”, com mato alto, mas espera que as obras tragam um novo visual para o espaço.

A costureira Oswalda Garcia de Medeiros, de 55 anos, também lembra que o local era perigoso. Moradora há 33 anos do bairro, ela presenciou o funcionamento da ferrovia e conta que a paisagem era “feia” e abandonada.

“Espero que agora cuidem dos trilhos, que fique diferente. Antes tinha muito mato, cobria os trens e era perigoso”, lembra.

Morador espera que projeto melhore a região, mas tem dúvidas sobre o que será feito no local.
Morador espera que projeto melhore a região, mas tem dúvidas sobre o que será feito no local.

Demora - Além das dúvidas sobre o projeto da obra, a demora na conclusão dos trabalhos também causa transtornos para os moradores. Nesta manhã, o canteiro de obras estava vazio e a dona Oswalda conta que a falta de funcionários é rotineira. “Estão trabalhando bem devagar”, diz.

Já dona Maria reclama da poeira provocada pelas obras, que andam em ritmo lento. “Eles mexem aí um dia sim outro não e cada vez é mais poeira. Largaram essa terra vermelha aí”, reclama.

O cozinheiro Antonio Souza de Oliveira, de 63 anos, também reclama e diz que tiraram a calçada que cortava a via e o mato, mas se não terminarem o trabalho logo os moradores só terão prejuízos. “É um sofrimento esse poeirão aí. Tem que termina o que começaram”, diz.

Projeto - Além das obras no local, a rua Eça de Queiroz também está passando por adequações para o projeto, com a expansão da pista. A passarela da via na avenida Ernesto Geisel está interditada para a expansão da lateral em 14 metros.

De acordo com o Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), todas as obras na região fazem parte da Orla Morena 2, que vai do trecho na rua 14 de Julho até o Centro de Belas Artes, na Avenida Ernesto Geisel com a rua Eça de Queiroz.

O projeto prevê a revitalização da área, a construção de calçadão, ciclovia e a preservação do trilho no trecho. O resultado deverá ser semelhante a Orla Morena parte 1, já entregue no trecho entre a avenida Julio de Castilhos e a Rua Plutão.

De acordo com a presidente da Planurb, Marta Martinez, o projeto do trem de turismo passando pelos trilhos do local ainda não foi confirmado, já que entraria nas obras da Esplanada Ferroviária.

Sobre o andamento das obras, o titular da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), João De Marco, informou que a empresa contratada tem um prazo para cumprimento das obras e dentro desse período pode determinar o andamento do trabalho. Ele não soube informar o prazo limite para conclusão da obra.

 Obras e possibilidade de “trenzinho” causam especulações em moradores
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