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Capital

Obra em lago do Rádio para e solução para enchentes depende da Caixa

Lidiane Kober | 22/05/2014 15:13
Obra na região do lago do Rádio está parada há seis meses e risco de mais erosão preocupa (Foto: Lucimar Couto)
Obra na região do lago do Rádio está parada há seis meses e risco de mais erosão preocupa (Foto: Lucimar Couto)

Idealizada como uma alternativa para conter enchentes na Avenida Spipe Calarge e na região da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), as obras do lago do Rádio Clube Campo estão paradas desde dezembro e o prosseguimento depende do aval da Caixa Econômica Federal às alterações na concepção do projeto, elaborado pela Prefeitura da Capital.

Titular da Seintra (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Trânsito), Semy Ferraz explicou que o plano era tornar o lago mais profundo por meio de uma dragagem para sugar a areia e a terra do local. “Tentamos a técnica em novembro, mas não funcionou e a limpeza precisará ser feita com retroescavadeira”, explicou.

A mudança, entretanto, depende de avalização da Caixa. “Imagino que em 20 dias terminam de analisar e, com mais 45 dias, concluímos a obra”, calculou Semy. Questionado se a alteração custará mais caro, ele garantiu que o investimento não mudará, apesar de ser mais trabalhoso. “Com a draga, o plano era gastar 30 dias para sugar a areia e a terra”, admitiu o secretário.

Ao presidente do Rádio Clube, Othon Barbosa, no entanto, o município deu outra explicação. “Nos informaram a necessidade de readequação financeira, porque com o recurso liberado só seria possível retirar 50% da areia e da terra com a retroescavadeira e isso não seria o suficiente para conter as enchentes”, contou.

De acordo com a previsão inicial da administração municipal, a obra no lago exigiria investimento de R$ 9 milhões para efetuar a macrodrenagem (implantação de canos maiores), recapeamento do trecho da Avenida Spipe Calarge danificado e a dragagem.

Preocupação – O atraso na obra preocupa a direção do Rádio Clube diante do risco de o lago virar uma voçoroca. “Hoje estamos sem acesso aos quiosques por conta das ações no lago e, se o problema não for solucionado logo e a erosão continuar, corremos o risco de perder área de lazer, próxima às quadras de tênis”, disse Othon.

Segundo ele, pela direção da entidade, o lago teria sido extinto. “Mas a prefeitura nos procurou e explicou a necessidade de mantê-lo para evitar alagamentos na região mais baixa, após o Rádio Clube Campo, como no Lago do Amor, onde a água das chuvas acaba parando”, explicou.

Diante do apelo, a direção da entidade assinou um termo de servidão para a prefeitura assumir a responsabilidade de cuidar do lago.

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