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Capital

Obras causam prejuízos e impedem morador de sair de casa em bairro

Filipe Prado | 05/06/2014 11:24
A cratera, que está desmoronando, quase atingiu o quinta de Ivone (Foto: Marcos Ermínio)
A cratera, que está desmoronando, quase atingiu o quinta de Ivone (Foto: Marcos Ermínio)

Após 15 dias da abertura de uma cratera de 50 metros de diâmetro na Rua Hipócrates, no Bairro Nova Lima, mais dois buracos para a instalação da rede fluvial, com aproximadamente seis metros de profundidade, foram abertos. Os moradores reclamaram do prejuízo que a situação tem gerado para eles, desde estrutura da casa, até a perda de mais de R$ 1 mil em vendas.

Um dos buracos foi aberto em frente à casa da aposentada Ivone Vargas da Silveira, 62 anos. Para aumentar a renda, ela vende doces pelos bairros de Campo Grande, mas agora não consegue sair de casa, pois o buraco está a menos de um metro do seu portão.

“Quase não saio mais de casa, pois quase cai dentro deste buraco”, afirmou a aposentada, que deixou de vender R$ 1.264. Por conta das chuvas, a cratera tem crescido, chegando cada vez mais perto do portão de Ivone. “Aqui é muito areoso”, observou.

A obra acontece há um mês no bairro e, conforme os moradores, não tem prazo para acabar. No entanto, a promessa era fechar na terça-feira, mas a medida não foi implementada.

Ivone perdeu mais de R$ 1 mil em vendas, pois não consegue sair de casa (Foto: Marcos Ermínio)
Ivone perdeu mais de R$ 1 mil em vendas, pois não consegue sair de casa (Foto: Marcos Ermínio)

A situação piora para quem tem carro. O auxiliar administrativo Danilo de Souza Nunes, 35, não conseguem mais tirar o seu veículo da garagem, pois o outro buraco foi aberto em frente da residência. “Eu e minha esposa estamos indo a pé para o serviço e estou chegando todos os dias atrasado na faculdade”, revelou.

A casa do auxiliar administrativo está coberta de rachaduras. Ele ressaltou que todas essas fissuras foram causadas pela primeira etapa da obra, que abriu uma cratera de 50 metros de diâmetro, mesmo considerando importante a obra que vai pôr fim às enchentes no Nova Lima.

Na última vez que Danilo utilizou o carro, ele quase caiu dentro de um dos buracos. “Fui tentar colocar carro na garagem e o terreno cedeu, parte do carro caiu dentro. Nós escoramos o carro com madeiras até conseguir tirar”, contou.

“Está horrível. Eles não estão fazendo uma coisa certa. O asfalto ali é complicado, ele só será colocado depois de um estudo, não é algo qeue não vem em seguida”, completou Danilo.

Realizada desde dezembro do ano passado, o trabalho faz parte da implantação da rede fluvial do Córrego Segredo. São R$ 17 milhões em recursos do PAC 2 investidos, e a previsão é que, até maio de 2015, todos os bairros da região tenham a rede fluvial instalada.

De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Semy Ferraz, a obra na rua deverá acabar "em poucos dias". "Deu um problema, por causa da chuva, então atrasou, mas a empresa está trabalhando e acelerando para terminar a obra o mais rápido possível", explicou.

Ele disse que irá mandar um técnico ainda hoje (5) na Rua Hipócrates para saber como está o andamento da obra.

As casas estão tomadas por rachaduras (Foto: Marcos Ermínio)
As casas estão tomadas por rachaduras (Foto: Marcos Ermínio)
O carro de Danilo quase caiu dentro de uma das crateras (Foto: Danilo de Souza)
O carro de Danilo quase caiu dentro de uma das crateras (Foto: Danilo de Souza)
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