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Capital

Obras continuam paradas na Capital e cobrança de população aumenta

Aliny Mary Dias | 02/02/2014 08:28
Obras no Centro de Belas Artes estão paradas e local traduz abandono (Foto: Cleber Gellio)
Obras no Centro de Belas Artes estão paradas e local traduz abandono (Foto: Cleber Gellio)

As obras paradas em Campo Grande não são novidade para ninguém. Em alguns pontos como na Avenida Júlio de Castilhos, o caso revolta comerciantes porque a via ainda não foi inaugurada em razão do atraso no funcionamento dos semáforos.

Em todo o prolongamento da Avenida que recebeu investimentos de R$ 18,3 milhões, não há sinal se operários da Prefeitura da Capital trabalhando nos sinaleiros. Muitos deles estão desligados e causam acidentes.

Brandina Martins tem uma loja de acessórios há cinco meses e critica o atraso na inauguração da Júlio de Castilhos. “Pelo que eu sei falta uma verba para terminarem tudo por aqui. Esses semáforos desligados trazem muitos acidentes porque quem não conhece o trecho diminui a velocidade e outros batem, é uma loucura”, completa a comerciante.

Para o lojista Victor Augusto, de 22 anos, o único problema da avenida e o que impede a inauguração da via é o atraso na entrega dos sinaleiros. “As coisas melhoraram bastante, o movimento também voltou, só faltam os semáforos para terminar tudo”, explica.

Outro local que já tirou a esperança de muitos moradores é a Ernesto Geisel, uma das principais avenidas que liga região norte e a sul da cidade. Desde o ano passado, várias obras e manutenções vêm sendo feitas na Avenida, mas três locais ainda indignam os moradores.

Todos os três pontos que ainda têm sinalização e não foram entregues estão no sentido bairro-centro da via. Dois deles ficam próximo do Shopping Norte Sul Plaza e outro na esquina com a Rua José Paes de Faria.

Josefina Conceição, de 63 anos, mora há 30 anos na avenida bem em frente a um ponto que está há anos interditado. Ele explica que a revolta existe por parte de todos, já que o local traz risco aos motoristas e moradores.

“A gente vê muitos acidentes porque tem gente que só vê as placas bem em cima. Já perdi a conta de quantos acidentes eu vi nesse lugar, acho que falta boa vontade dos políticos de terminarem essa avenida”, completa a aposentada.

Sinaleiros não funcionam em alguns trechos da Júlio de Castilhos (Foto: Cleber Gellio)
Sinaleiros não funcionam em alguns trechos da Júlio de Castilhos (Foto: Cleber Gellio)
Na Ernesto Geisel, três pontos continuam interditados  (Foto: Cleber Gellio)
Na Ernesto Geisel, três pontos continuam interditados (Foto: Cleber Gellio)

Intermináveis – O prédio do Centro Cultural de Belas Artes, localizado perto da Orla Morena, é considerada uma das obras sem fim de Campo Grande. No local não há movimentação de operários e o cenário é o mesmo de muitos anos: abandono.

Conforme conta em uma das antigas placas afixadas em frente à obra, o serviço foi orçado em R$ 6,4 milhões, mas no fim do ano passado a Prefeitura informou que precisava de pelo menos mais R$ 900 mil para as alterações no projeto.

No fim do ano passado, a Secretaria de Obras criou um calendário de prioridades com objetivo de acelerar as obras que dependem de recursos do Governo Federal. Em novembro, a Capital recebeu recursos que ultrapassam os R$ 500 milhões para obras do PAC II.

O Campo Grande News tentou contato com o secretário de Obras Semy Ferraz e com a assessoria de imprensa da Capital, mas não houve retorno até o fechamento desta reportagem.

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