ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 20º

Capital

Oficial da PM cumpre pena em sala Companhia de Guarda e Escolta

Aline Queiroz | 20/04/2011 11:19

Regalias no Presídio Militar são alvo de inquérito do MPE

As regalias a policiais militares que cumprem pena no Presídio Estadual Militar chegam ao prédio da Companhia de Guarda e Escolta. Uma das salas da unidade que coordena as ações de segurança de todo o complexo penitenciário de Campo Grande é usada como “cela” para um oficial da corporação.

Em vistoria feita pelo promotor de Justiça Fernando Jorge Esgaib, que atua na correição dos presídios, um oficial foi encontrado na Companhia de Guarda e Escolta.

No local havia uma cama e uma televisão grande. A “cela” é fechada por uma porta comum, como a de uma casa e não é trancada com a chave.

O promotor questionou o comandante Francisco Ovelar e ele explicou que a lei da corporação prevê a prisão de oficial em cela separada dos outros policiais presos.

No entanto, para o promotor, o ideal seria que ficasse dentro do presídio. Inquérito civil público corre pela 50ª Promotoria de Justiça do MPE (Ministério Público Estadual) para apurar irregularidades no local.

Com menos benefícios, outros três policiais presos também “cumprem a pena” no prédio da Companhia de Guarda e Escolta.

Durante visita na unidade prisional, o promotor classificou o local como “colônia de férias”. Ele apontou que os policiais presos têm acesso a todas as dependências do presídio e que não ficam trancados em celas.

Na unidade há 25 presos, dos quais 16 estão em regime “fechado”. As aspas do fechado referem-se à maneira como os policiais são abrigados.

As celas ficam abertas e foram construídos no presídio espécies de “puxadinhos” com banheiro privativo e água quente.

Na unidade havia ainda uma churrasqueira de alvenaria que, segundo a PM (Polícia Militar) por meio de ofício ao MPE, foi destruída.

Evidência que levou o MPE a instaurar o inquérito também foi constatada pela Polícia Civil. Preso por praticar assaltos em Campo Grande, o soldado da Polícia Militar Rodrigo Rocha Belini, disse ao delegado da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), Fábio Peró, que andava tranquilamente pelo presídio.

O soldado chegou a reclamar com o delegado do calor que passava na delegacia.

A PM, por meio da assessoria de imprensa, afirma que não há irregularidades no presídio.

Segundo a PM, o MPE instaurou inquérito para a investigação e todas as providências que forem requisitadas serão adotadas.

A PM ressalta ainda que faz inspeções constantes, assim como a Justiça e Promotoria Militares.

Durante as vistorias, nada de ilegal foi encontrado, segundo a assessoria.

Nos siga no Google Notícias