ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 28º

Capital

Onze fazendas foram invadidas desde visita de ministro a MS, diz Famasul

Zana Zaidan | 30/09/2013 19:31
O presidente da Famasul, Eduardo Riedel, e o advogado dos produtores rurais, Newley Amarilla, durante reunião na tarde hoje (Foto: Simão Nogueira)
O presidente da Famasul, Eduardo Riedel, e o advogado dos produtores rurais, Newley Amarilla, durante reunião na tarde hoje (Foto: Simão Nogueira)

Desde que o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo veio à Campo Grande, no dia 13 de agosto, 11 fazendas foram invadidas em Mato Grosso do Sul, conforme levantamento da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS).

A vinda do ministro teve como objetivo encontrar uma solução para o conflito agrário no Estado, que hoje acumula 67 propriedades rurais reivindicadas por indígenas. Na avaliação dos produtores rurais entidades, que se reuniram hoje (30) na sede da entidade para avaliar o cenário das invasões de terras, a visita de um representante do governo federal não teve o efeito previsto.

“É uma falta de vontade do governo federal com a situação que o produtor do nosso Estado enfrenta para conseguir trabalhar. A impressão que fica é de que eles vão empurrando com a barriga para se livrar do problema e deixar a bomba estourar na mão dos próximos gestores”, avalia Newley Amarilla, advogado dos produtores rurais que tiveram fazendas invadidas na divisa dos municípios de Dois Irmão do Buriti e Sidrolândia – núcleo da zona de conflito no Estado, onde fica a Reserva Indígena Buriti – e em Aquidauana.

A questão da Buriti se arrasta por 12 anos, entre ordens de reintegração de posse e invasões, até que o TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), entendeu que as áreas não são indígenas. Ainda assim, os índios mantiveram as invasões.

Incentivo às invasões – Na visão do advogado, os únicos prejudicados são os produtores rurais porque, enquanto a União não estabelece solução para os conflitos, os índios continuam nas fazendas.

“Enquanto os índios estão lá, o produtor fica impedido de trabalhar. Eles deveriam esperar do lado de fora por um parecer do governo federal, mas ficam na terra”, disse Amarilla.

“A invasão bem sucedida de uma propriedade é um incentivo para que outras áreas também sejam invadidas. Isso precisa acabar para que Mato Grosso do Sul volte a ser bom para o produtor rural, como já foi um dia”, concluiu o advogado.

Nos siga no Google Notícias