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Capital

Operação chega à metade e buracos seguem desafiando bolso e paciência

Aline dos Santos | 23/12/2015 08:40
Coleção de buracos atravanca caminho na Cidade Jardim. (Foto: Gerson Walber)
Coleção de buracos atravanca caminho na Cidade Jardim. (Foto: Gerson Walber)
No bairro Jardim Veraneio, veículos dividem espaço com buraco. (Gerson Walber)
No bairro Jardim Veraneio, veículos dividem espaço com buraco. (Gerson Walber)

Lançada em 11 de novembro e com validade de 90 dias, a “Operação Chega de Buracos e Lama” se aproxima da metade, mas os buracos seguem a cruzar o caminho dos campo-grandenses nas avenidas e ruas de bairros. Na rua Gardênia, no bairro Cidade Jardim, seis buracos lado a lado desafiam a destreza e a paciência dos condutores.

No Jardim Veraneio, o buraco no cruzamento divide espaço com veículos na rua Desembargador Leão Neto do Carmo. Na Travessa Itaum, na Vila Margarida, o tapa-buraco passou, mas o asfalto logo voltou a abrir. “Passam só um piche e já abre de novo. É uma casca de ovo”, reclama Sebastião Ferreira, 48 anos, ao ver os buracos voltarem à via.

Ele conta que teve prejuízo de R$ 300 ao bater com a bicicleta numa das “panelas” abertas nas ruas do bairro. O agente de viagens Elivelton Vasques, 23 anos, também reclama de prejuízo. “Às vezes não tem como desviar e passar. Vou ter que trocar os amortecedores”, diz.

A Vila Margarida foi o ponto de lançamento da operação tapa-buraco. Na avenida Coronel Antonino, perto do terminal do transporte coletivo, a via já está danificada. Os buracos pré-operação deram prejuízo de R$ 300 para Rosa da Silva, 34 anos. Funcionária de uma padaria, ela conta que  a moto caiu em buraco que “lacrava” a rua.

O vidraceiro Wesley Alves da Silva, 32 anos, amargou gasto de R$ 500 nos últimos meses. “Teve que recauchutar os quatro pneus. Teve um que entrou até o galho que estava dentro do buraco”, afirma. Na avenida João Arinos, na saída para Três Lagoas, processo erosivo já levou parte da via.

No mês passado, ao lançar a operação tapa-buraco, o titular da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Amilton Cândido, informou a duração de 90 dias e o custo de R$ 2 milhões por mês.

Saga - A suspensão do serviço de tapa-buraco foi divulgada em 10 de setembro como medida para amenizar déficit de R$ 30 milhões pelo prefeito Alcides Bernal (PP), que reassumiu em 25 de agosto. Contudo, a medida convergiu com o fim da estiagem e a chuva foi recorde em setembro. De forma paliativa, no dia 16 de setembro, uma única equipe foi colocada pela Seintrha para atender toda a cidade.

A estratégia não deu certos e a “buraqueira” tomou conta das vias urbanas. A situação foi do drama ao riso, com condutores reclamando de prejuízo e se valendo da criatividade para alertar sobre o perigo, com uso de galho a cadeira. Neste cenário, a prefeitura reativou contratos com cinco empresas.

No começo deste mês, houve ameaça de parar as atividades por falta de pagamento. O atraso era desde maio. A reportagem não conseguiu entrevista com o titular da Seintrha.

Na avenida Joãro Arinos, erosão  levou parte do asfalto. (Foto: Gerson Walber)
Na avenida Joãro Arinos, erosão levou parte do asfalto. (Foto: Gerson Walber)
Buracos na avenida Coronel Antonino. (Foto: Gerson Walber)
Buracos na avenida Coronel Antonino. (Foto: Gerson Walber)
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