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Capital

Operação flagrou 15 paraguaios trabalhando irregularmente

Paula Maciulevicius | 30/03/2012 11:52

Operação flagrou 15 paraguaios trabalhando sem registro, sem seguir normas de segurança e alojados em péssimas condições

Camas eram improvisadas até com tijolo onde trabalhadores dormiam. (Foto: Divulgação)
Camas eram improvisadas até com tijolo onde trabalhadores dormiam. (Foto: Divulgação)

A operação em conjunto do Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Polícia Federal, realizada nesta manhã, flagrou 15 paraguaios trabalhando irregularmente em obras da construção civil de Campo Grande.

Segundo o MPT (Ministério Público do Trabalho), além de estrangeiros sem documentação para ficar no País, nenhum deles tem registro. Ao procurador do Trabalho Hiran Sebastião Meneghelli Filho, disseram que recebiam por diária.

A ação foi desencadeada depois de uma denúncia de que haviam trabalhadores estrangeiros em uma obra na rua Joaquim Murtinho.

Lá, o MPT localizou nove trabalhadores que disseram ter vindo em uma van de Bela Vista para a Capital, em janeiro.

As investigações estão no início e segundo o procurador, os nove funcionários relataram que existiam outros deles em outra obra, na Vila Carvalho, o que foi confirmado no local.

Além de serem estrangeiros e sem documentação, de acordo com o MPT estavam trabalhando sem obedecer normas de segurança de trabalho da construção civil. Os 15 paraguaios estavam morando em um alojamento perto do local da obra da Joaquim Murtinho.

Ainda de acordo com o procurador, as camas foram feitas de tijolos e uma tábua de madeira que sustentava o colchão. Tudo isso em meio a um depósito de materiais.

Para o MPT, os paraguaios disseram que foram contratados por um “gato” que fez a ponte entre a empresa e os estrangeiros para trazer o grupo a Campo Grande.

O Ministério Público do Trabalho constatou nenhuma norma de segurança estava sendo cumprida. Conforme o procurador, os maquinários não tinham proteção para o seu manuseio, os andaimes que foram erguidos a 6 metros de altura não tinham trava de segurança e nem cinto para os empregados, além da instalação elétrica estar totalmente irregular.

Segundo o procurador, a situação encontrada nas duas obras vai levar o Ministério a pedir embargo. “Vamos convidar a empresa a firmar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para regularização. Se eles não cumprirem, vamos ingressar com ação”, explicou.

O Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Polícia Federal investigam a relação entre as obras.

A PF ainda está colhendo o depoimento dos 15 paraguaios na sede da delegacia.

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