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Capital

Orçada em R$ 8 milhões, Orla Morena 2 para e população reclama

Nícholas Vasconcelos e Helton Verão | 31/01/2013 17:01
Obras estão abandonadas e mato toma conta da segunda fase da Orla Morena. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Obras estão abandonadas e mato toma conta da segunda fase da Orla Morena. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Aposentado Sérgio, 84 anos, é obrigado a contornar uma quadra para chegar a supermercado. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Aposentado Sérgio, 84 anos, é obrigado a contornar uma quadra para chegar a supermercado. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Com investimento de R$ 8 milhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), as obras da segunda fase da Orla Morena estão paradas e a população reclama dos transtornos do canteiro abandonado.

Segundo os moradores, desde o início do ano ninguém trabalha e o mato já toma conta da área antes ocupada pela linha de trem.

Em um dos pontos mais antigos da cidade, os moradores sofrem com problemas como falta de drenagem e calçamento, que foi retirado e seria substituído no decorrer das obras.

“Quando chove não tem como sair de casa sem se sujar”, diz Atilibre Flores, 83 anos, que mora há 54 anos no bairro São Francisco. A casa dele fica na parte baixa e é invadida pela enxurrada.
Com as obras da Orla, o problema diminuiu, mas como elas pararam o problema retornou. “A esperança é que volte esse ano”, disse Atilibre.

Situação semelhante enfrenta a contadora Zoraia Feranandes, 43 anos, que vive há 20 na região.“A obra parou ali perto da ponte”, comentou. Zoraia também enfrenta o problema da dengue, já que o mato e os depósitos que servem de criadouro para o Aedes aegypti. 

Até semana passada ela estava com dengue e um dos filhos da contadora já enfrentou a doença duas vezes.

O investimento da Orla Morena 2 previa rede de drenagem, para resolver o problema da água da chuva, e paisagismo desde a primeira parte da Orla até a Orla Ferroviária.

Na região, continua apenas a construção do Centro Municipal de Belas Artes.

Para execução do projeto da Orla, todo entorno da linha férrea foi cercado para o trabalho das equipes e havia a promessa de uma passarela para ligar a parte de trás da estação Ferroviária até a rua 14 de Julho. Sem os pedreiros e mestre de obras, tudo continua fechado e atrapalhando a vida do contribuinte.

Morador há 50 anos do bairro, o aposentado Sérgio Sanches, 84 anos, é obrigado a contornar toda estrutura para ir ao supermercado que fica do outro lado da rua. “Para ir ali, tem que dar volta no quarteirão todo”, revelou.

O Campo Grande News entrou em contato a assessoria de imprensa da Prefeitura e foi informado que somente o secretário de Obras, Semy Ferraz, pode responder sobre o andamento da Orla Morena 2. No entanto, ele está em Brasília e é preciso aguardar o retorno à Capital.

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